A Câmara de Capivari homenageou na última segunda-feira os radialistas. Foi uma bela homenagem a essas pessoas que entram na casa da gente sem pedir licença.
Não poderia deixar também de homenagear essa classe que aprendi a conviver e a admirar. Capivari é talvez a cidade com 50 mil habitantes que tem tantas empresas jornalísticas aos moldes de países europeus. São jornais, rádios, sites, cada um trazendo informações, debates, notícias a nossa população. Isso sim é democracia.
Certa vez uma pessoa me disse que Capivari tinha muitos meios de comunicação, era um número muito grande. Esse é um pensamento pequeno, que vai na contramão da liberdade e da democracia. Quanto mais meios de comunicação tivermos, maior será a nossa opção. Quem dera outras cidades tivessem tantas rádios, tantos jornais e sites.
O rádio mexe com a nossa imaginação, nossa emoção. O radialista entra em nossas casas sem pedir autorização, um mundo do imaginário e da informação.
Sempre gostei de escrever em jornais e em sites, mas sou apaixonado pelo rádio, até o cheiro muda e um arrepio toma conta da gente quando entro em um estúdio de rádio. Quantas pessoas param a gente na rua para dizer: “Você é o fulano que fala na rádio?”. Já tive dois programas em rádio: o Cadeira Cativa e o Mesa Redonda, pela Alternativa.
Vou homenagear esses heróis da comunicação, começando por Gilson Pereira, há mais de 30 anos no ar, Bira, o Ligeirinho, Tadeu Benedito, Tony Jr., Lurial, Bocão e tantos outros da Cacique, Carlos Maschietto, um engenheiro formado na Ufiscar que virou um empresário de sucesso da comunicação, Rogério Naldi, Ademir Moreira e tantos outros da Raízes FM, da mais nova emissora, a Rádio R, de Rafard, onde suas ondas chegam aos lares capivarianos e que lá trabalham muitos capivarianos, como o professor Bolinha, seu filho Bola Jr. fazendo um belíssimo programa de esportes, Chico Rebete, Davilson Talassi, Beto Rocha, que também faz seu programa na Cacique, entre outros locutores, a Alternativa, que por afinidade sou mais próximo, com Jorge Possignollo, Gillys Esquitini Scrocca, Palharde, Flavinho, Ado Sanches, Tadeu Cerezer, Cicero, Pica Pau, Caco Sanches, J.Camilo, Mil Gomes, Tata Ramos, João Frausino, Zé Aparecido, entre outros.
E aqueles que por décadas fizeram sucesso no rádio e que já nos deixaram, como Zé Coruja, Ronaldo Zaidan Pelegrine, Ismael Sanches, Jaime Cardoso, Zé Maria de Campos… Quanta gente que é difícil citar todos. Teve aqueles que um dia fizeram sucesso e hoje não mais participam do rádio. Giovane Annichino, Jorge Panserine, Foguinho, Reinaldo Alves.
É um mundo mágico esse do rádio, quantas coisas aconteceram, quantos erros que viraram piadas contadas até hoje, pois o programa é ao vivo, é um mundo de encanto, um mundo maravilhoso, de fantasia, poesia, música, notícias, diversão, esportes, cultura.
Parabéns a esses heróis que usam as palavras como uma canção aos nossos ouvidos. Quando ficamos longe desse mundo, aprendemos o verdadeiro significado da palavra saudade.