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O tempo

17/02/2017

O tempo

Colaborador: Junior Quibao, rafardense
Colaborador: Junior Quibao, rafardense

ARTIGO | Estava procurando uma foto para enviar á um amigo e acabei vendo uma que não é muito velha, mas fazia um bom tempo que não via.
Ela disparou em minha mente pensamentos de como a vida é maravilhosa, projetada por um Grande Arquiteto que nos tornou de certa forma, eternos, mesmo com o tempo implacável como é que passa e não nos dá a menor chance de reclamarmos, mas mesmo assim de certa forma nos tornamos eternos aqui na terra.
Na foto estou em uma posição que lembro o meu nono, que pra quem não sabe é vô, passei a observar a foto e a pensar:
“É como se ele ainda estivesse lá não era eu!”
O pensamento vagou pelos anos que já se passaram, lembrei de brincadeiras de criança de quando saia com ele de caminhonete.
O Nono gostava quando eu imitava um comercial da Skol dos anos 70 em que um dos personagens falava:
“Nono deixa um pouquinho pra mim!”
Parece que foi ontem.
Ele já não está mais no Plano Físico, mas olhei na foto e pensei, ele ainda está aqui!
A Vida esta maravilha que nos foi dada é uma escola, onde provamos da Taça da Doçura e do Amargor, mas por Bondade Divina, com o tempo, a doçura se torna mais doce em nossa lembrança e o fel se torna menos amargo, temperado pela saudade de um tempo que passou, mas vive Firme e Forte em nossos pensamentos.
Sei que também serei de certa forma, eterno, pois permanecerei representado em meu filho o Leandro, alias que era o nome do meu nono.
Nos três temos o mesmo jeito apressado, ou afobado o “Leandro Nono” era um homem serio, um pouco sem paciência (sem ser rabugento e durante sua doença foi de uma docilidade e resignação invejáveis), mas bem menos que eu e o “Leandro bisneto”, mas com toda sua seriedade era um grande brincalhão a gente nunca sabia se ele estava falando serio ou não, o que o tornava uma peça rara. Isso nós herdamos dele também, mas sem seu dom de não deixar transparecer oque era brincadeira ou não.
Olho o “meu” Leandro e vejo nele traços meus como o “pé de arrasto” como diz minha mãe e a falta de paciência a inquietação com as questões da vida.
Agora olhando minha testa fico vendo o rosto de meu pai as entradas no cabelo (ou a falta dele), gostaria de ter a mesma paciência que ele tem!
Mas por falar em meu pai, ele foi criado com um tio que não tinha filho e eu o chamava de Nono também é eu tinha 3 nonos e 3 nonas (hoje todos já se foram)!
Mesmo não tendo o mesmo sangue do tio, pois a tia que era irmã do pai dele, ele tem a mesma letra que o Tio Nono tinha é impressionante como pode?
Eu mesmo tenho varias manias do Tio Nono, pois vivi muito tempo junto dele.
Então por meio destas palavras deixo minha homenagem aos pais, futuros pais e aos nossos filhos, que nos representarão neste Teatro chamado Vida!

Luiz Quibao Junior, filho do Luiz Quibao, neto do Leandro Ruzza e pai do Leandro Zuin Quibao

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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