Meu interesse em estudar futebol sempre existiu. Mas se acentuou após a derrota catastrófica do Brasil para a Alemanha em 2014. Eu perdi de 7 a 1. Não foi só o time de Felipão.
Eu como jornalista também fui derrotado. Alí no Mineirão todos que de um jeito ou de outro estão envolvidos nessa indústria futebolística brasileira tiveram um grande aviso de que o caminho traçado anteriormente deveria ser revisado.
Sei que o futebol é apaixonante por ter o seu caráter aleatório, imprevisível. Todo jogo por ser jogo carrega isso. Entretanto, por inúmeros fatores, só no futebol a ‘zebra’ aparece tantas vezes. Há inúmeros padrões que se repetem e que devem ser estudados, aprendidos e aprimorados, mas há alguns elementos que nem os mais estudiosos conseguem explicar. E isso vale não só para questões de dentro de campo como também para aspectos de gestão, governança e etc.
E o momento do Santos é um desses que a explicação lógica e racional não consegue embasar. O clube passa por uma situação delicada em sua política, com inúmeros problemas financeiros, banido pela FIFA de realizar novas contratações por não ter quitado dívidas recentes e mesmo assim os resultados dentro de campo são muito bons.
A visão humana sobre o jogo nunca pode ser desconsiderada. Estamos tratando de seres humanos e cada um responde de uma maneira aos estímulos, sejam eles positivos ou negativos. E outra coisa que extrapola o entendimento técnico é a formação de grupo, nas suas mais poderosas entranhas, que faz também com que o todo seja maior do que a soma das partes.
O atual momento do Santos é uma grande lição a todos que acreditam que só o estudo responde a todas as perguntas do jogo.
ARTIGO escrito por Marcel Capretz
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