Poesias

O prazer de servir

Colaboração de Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial

Toda a natureza é um desejo de “serviço”

Serve a nuvem, serve o vento, serve a terra.

Onde houver uma árvore para plantar, planta-a tu; onde tiver uma tarefa que todos recusam, aceita-a tu.

Sê quem tira a pedra do caminho, o ódio dos corações e as dificuldades dos problemas.

Há alegria de ser sincero e de ser justo; há porém, mais que isso: a formosura e o sublime prazer de servir.

Como seria triste o mundo se tudo estivesse feito, se não houvesse uma roseira para plantar, uma iniciativa a tomar!

Não te seduzam as obras fáceis. É belo fazer tudo o que os outros recusam executar.

Não cometa, porém, o erro de pensar que só tem merecimento executar grandes obras; há pequenos préstimos que são bons serviços: enfeitar uma mesa arrumar uns livros, pentear uma criança, animar alguém. Aquele a quem critica, este é quem destrói. Sê tu quem serve.

O servir não é próprio de seres inferiores.

Deus, que nos dá o fruto e a luz, serve! Poder-se-ia chamá-Lo: O Servidor!

Nossos olhos e nossas mãos nos perguntam todos os dias: serviste hoje? A quem? À árvore? Ao teu amigo? Aos teus familiares? Ao teu próximo?

Gabriela Mistral: poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena, agraciada com o Nobel de Literatura de 1945.
Gabriela Mistral, pseudônimo escolhido de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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