A Psicologia mostra que o que pensamos produz ação; a repetição dos atos forma hábitos e o conjunto destes constitui o caráter. Caráter é a descrição moral da pessoa. Analise seus pensamentos e hábitos e você terá uma ressonância magnética da sua moral e digo mais, isso refletirá na formação da sua aparência física (Gn 4:5). O sábio Salomão diz: “Porque, como imaginou na sua alma, assim ele é” (Prov. 23:7). Também é verdade que nossas atitudes serão consequências de nosso caráter. Jesus exemplifica: “Não há árvore boa que produza maus frutos, nem árvore má que produza bons frutos” (Lc. 6:43).
A boa notícia é que podemos vencer o hábito ou vício de ter maus pensamentos. Transcrevo da Escritora Mirian M. Grudtner:
‘Tudo o que for verdadeiro, tudo o que for justo, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas’ Filip. 4:8.
Em 2001, foi lançado o filme Uma Mente Brilhante, baseado na história real de John Forbes Nash.
Nash nasceu em Bluefield, Estados Unidos. Aos 17 anos, era um dos mais brilhantes alunos da Universidade. Considerado gênio, John foi aceito em Princeton, onde aos 21 anos, escreveu sua tese revolucionária de doutorado.
Reconhecido por seu trabalho, ingressou no corpo docente do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e foi contratado pelo governo norte-americano para decifrar códigos na Guerra Fria. Aos 29 anos, sua ascensão meteórica foi interrompida pela esquizofrenia paranoica, doença que gera deturpação da realidade, delírios e alucinações auditivas e sintomas de ansiedade e depressão.
John explicou anos depois: ‘via comunistas em todos os lados e cria que era um homem de importância religiosa; escutava vozes todo o tempo. Parecia um sonho do qual nunca despertaria’
Durante 30 anos, a doença o afastou do cenário científico. Nos anos 1990, uma inesperada remissão da doença fez com que ele ignorasse os delírios e voltasse a lecionar em Princeton, ganhando prêmios acadêmicos internacionais e o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas em 1994.
Ele afirmou: “Talvez meus pesadelos nunca vão embora. Ainda vejo coisas irreais. Apenas decidi não lhes dar atenção. Faço uma dieta para a mente. Decidi não favorecer certos apetites.” Nash conseguiu exercer o controle sobre a imaginação, apesar da doença. Que capacidade não teriam pessoas com mente normal de definir o que ocupará seus pensamentos?
Temos em média 50.000 pensamentos diários – bons e ruins. Costumamos acatar os pensamentos negativos, os quais, com rapidez, fogem ao controle, sugam as energias e nos imobilizam.
Muitas vezes nos tornamos infelizes pelos pensamentos que temos a respeito de alguém ou de algo, e não necessariamente pelo que fizeram.
Precisamos aprender a pensar diferente. Pelo poder divino, desafie cada pensamento destrutivo, substituindo-os pelos verdadeiros, respeitáveis, justos, puros, amáveis e de boa fama, como a Palavra de Deus nos aconselha. (Meditação da Mulher, 2021, p. 36).
O que a pessoa pensa é o que forma o seu caráter. Quem pensa que a chuva vai arruinar seu dia, que o calor lhe é cansativo, será um pessimista e adoecerá logo. Quem imagina o seu casamento uma rotina, que sua esposa não lhe corresponde e que a vizinha é mais agradável, certamente será um adúltero e infeliz. Jesus nos alerta que apenas o olhar com pensamentos impuros já cometeu adultério (Mat 5:24).
Desde os primórdios a Bíblia orienta: “o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn. 4:7). Segundo S. Paulo ter o controle do pensamento é uma arma poderosa de Deus. (2 Cor. 10:5). Deus apela para que o maligno abandone seus pensamentos imorais. (Is. 55:7). Deus sabe o que estamos pensando. (Sl 94:11). Pense no que é bom.