Final de ano, tempo de reflexão. Para pessoas, empresas, times de futebol é hora daquele balanço. Para alguns, tempo de frustração. Para outros, de comemorar conquistas. Mas algo deve estar presente em qualquer olhar para a temporada: a auto-responsabilidade.
Você foi responsável por tudo que você alcançou. De bom e de ruim. Trazendo para o futebol, que é coletivo, sistêmico e complexo, idem. Cada individualidade teve sua parcela de responsabilidade no resultado final de um time: dirigente, treinador, jogador, nutricionista, cozinheiro, faxineiro, enfim, todos contribuíram para o resultado final obtido.
Aprendi a trazer a análise para o individual nessa época do ano porque, apesar de ser um pouco mais dolorida no presente ela é mais útil para o futuro. Olhando para trás e vendo onde acertei e onde errei consigo mirar meus esforços para o ano seguinte para maximizar a aperfeiçoar o que deu certo e para aprender com o que deu errado.
Se olharmos apenas para fora, vamos tirar o nosso poder pessoal do processo e nos colocar como vítimas – o que é o primeiro passo para a estagnação. O Santos não saiu da Libertadores porque a Conmebol não gosta de brasileiros, o São Paulo não deixou escapar o título e o G-4 do Brasileirão porque o Everton se machucou em uma parte crucial da competição e o Corinthians não foi mal depois do Paulistão porque o Fábio Carille saiu.
É necessário entender que o todo é maior que a soma das partes. No futebol e na vida. Vence quem tem mais flexibilidade de se adaptar e criar alternativas frente a circunstâncias e a imprevisibilidade. Vence quem foca na solução e não quem foca no problema. Vence quem tem atitude de se colocar como autor da própria história e não como vítima das circunstâncias.
Planejar é imprescindível. Porém se adaptar é ainda mais. Comemore 2018. Comemore as vitórias, mas também as derrotas. Porque podem ser as quedas desse ano que te levarão a erguer o troféu no ano que vem.
ARTIGO escrito por Marcel Capretz
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