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O Corinthians vencedor de Fábio Carille

Marcel Capretz, colunista esportivo

Existem várias formas de ganhar no futebol. E não considero que há certo ou errado. Existe o resultado. E em nossa cultura ‘resultadista’, só os vencedores são lembrados.

Pode-se ter um gosto por uma forma de jogar especifica. Reconheço, por exemplo, a plasticidade de um jogo posicional, que prioriza a posse de bola, que tem as constantes movimentações e trocas de posição como trunfos para gerar desequilíbrio nos adversários. Mas também vejo muita beleza em uma eficiente organização defensiva e em um consequente jeito vertical e rápido de atacar.

O fato é que se fala muito em padrão no futebol atual. E uma equipe com padrão é aquela que coletivamente reage da mesma maneira aos diferentes problemas que o jogo apresenta. E quem hoje atua de uma maneira mais clara e eficiente no Brasil é o Corinthians, de Fábio Carille.

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Ajuda muito você ter há onze anos alguns princípios norteando o seu modelo de jogo. Se pegarmos desde Mano Manezes em 2008, vamos identificar no Corinthians uma marcação zonal, com referência na bola e não no jogador, como marca da organização defensiva. A construção ofensiva se dá fundamentalmente com a formação de triângulos pelos lados do campo. A transição defensiva se caracteriza com uma busca rápida pela retomada da posse de bola assim que ela é perdida. E a transição ofensiva é marcada por um intenso objetivo de progredir rapidamente ao gol adversário.

Ter padrões de ação definidos para cada momento do jogo não significa engessar a equipe. A autonomia do jogador sempre vai prevalecer. E cabe ao staff técnico gerar situações de treino que potencializem a melhor decisão do jogador nos jogos. Mas facilita muito ter um modelo de jogo. Quem chega no time já sabe como deve se comportar. Não a toa, o Corinthians é hoje o clube mais vencedor do Brasil. Dentro das quatro linhas é o que melhor executa o que foi pensado e planejado.

ARTIGO escrito por Marcel Capretz
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Jornal O Semanário

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