ArtigosRubinho de Souza

O balanço da vida

“Da nossa alegre infância ficaram os quintais com a magia que só os quintais tem, com as árvores de copa grande com suas sombras.

O vento com seu redemoinho, fazendo a dança de folhas. O balanço colocado no galho mais alto que se conseguia alcançar.

As frutas colhidas no pé e degustadas ali mesmo. Os pés descalços molhados no riacho de água cristalina.
O que restou de tudo que vi, senti e vivi?

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Ficou a rua, as casas, as paredes, cujas vozes parecem ressoar nelas. E o piso onde muitas vezes passei contando outros pés… denunciando presenças. O cheiro inconfundível do tempero na cozinha. O prato servido religiosamente no horário. Oh! que saudades que hoje sinto de minha mãe!

O balanço da vida
O balanço da vida

Sobraram sons de risadas, de músicas cantaroladas na lida que tecia a vida. A certeza da benção de todo dia, o respeito posto à mesa já no café da manhã.

A alegria de ser, de estar e fazer parte de uma família feliz. De viver distraidamente de inteirezas e plenitudes. Ah! o balanço pendurado na árvore escolhida com precisão e carinho, fazia-nos sentir nas nuvens, como se voasse.

O balanço cumpria seu destino ao ir e voltar! Às vezes, voava!

Que triste, quando se é criança, a gente não saber que o balanço do tempo é diferente. Ele vai, vai e voa, mas, na volta, ele não volta, não volta nunca mais!”

(Adaptação de um texto retirado da internet, de autor desconhecido)

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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