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No Brasil, cerca de 28 mil mulheres servem às Forças Armadas

03/01/2017

No Brasil, cerca de 28 mil mulheres servem às Forças Armadas

Mulheres estão isentas do serviço militar obrigatório, previsto pela Constituição, mas podem ingressar nas Forças Armadas por meio de concurso público

Entre 2015 e 2017, o número de mulheres nas Forças Armadas passou de 25,9 mil para 28 mil. Esse número tende a aumentar em consequência de mudanças ocorridas no sistema de ingresso nas carreiras militares.

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Atualmente, a Força Aérea Brasileira é a campeã de participação feminina, com 10,8 mil mulheres na corporação. O ingresso delas no Quadro de Oficiais Intendentes foi autorizado em 1995 e, oito anos depois, em 2003, a instituição recebeu as primeiras mulheres para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores. Da Academia da Força Aérea (AFA), saíram as 36 aviadoras formadas no centro de ensino e que estão aptas a pilotar caças.

Já a Marinha do Brasil foi a primeira das três Forças a aceitar o ingresso das mulheres e é a única a ter uma oficial general, a Contra-Almirante médica Dalva Mendes. Hoje, possui 8,1 mil integrantes do sexo feminino no efetivo.

Em fevereiro de 2014, recebeu a primeira turma de aspirantes mulheres na Escola Naval do Rio de Janeiro. A participação das mulheres na Marinha do Brasil começou em 1980, quando a legislação permitiu o ingresso feminino na Força. À época, elas integravam um corpo auxiliar e sua participação era restrita a alguns cargos e ao serviço em terra.

O Exército Brasileiro conta com 9,1 mil mulheres. A Lei nº 12.705, sancionada em agosto de 2012, permite que militares do sexo feminino atuem como combatentes do Exército Brasileiro em áreas antes restritas aos homens.

Para ser militar de carreira no Exército, a mulher precisa ingressar, após aprovação em concurso público, em um dos seguintes estabelecimentos de ensino: Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx); Escola de Saúde do Exército – EsSEx; Instituto Militar de Engenharia (IME); e Escola de Sargentos de Logística (EsSlog).

A mulher que deseja ingressar no Exército como oficial ou sargento temporário deverá participar da seleção realizada pelas Regiões Militares. O militar temporário não faz carreira no Exército, e sua permanência máxima no serviço ativo é de oito anos.

Pioneirismo

Um dos maiores símbolos da presença feminina nas Forças Armadas brasileiras, a capitã da Força Aérea Brasileira, Carla Borges, tornou-se a primeira mulher a fazer parte do grupo de transporte especial, que tem a responsabilidade, entre outros, de pilotagem do avião que transporta o presidente da República.

“Sinto orgulho em fazer parte de um grupo tão seleto. O ingresso das mulheres e a conquista de espaço na atividade militar provou nossa capacidade de cumprir as missões da mesma maneira e com o mesmo comprometimento”, ressalta a Capitão.

A trajetória de Carla sempre foi marcada pelo pioneirismo antes de chegar à cabine do Airbus A319, que transporta o presidente da República. Ela ingressou na academia da FAB em 2003, na primeira turma de mulheres aviadoras, e fez o curso de aviação de caça entre 2007 e 2014. Lá, tornou-se a primeira mulher a fazer um voo solo no caça AMX.

O primeiro voo de Carla com o presidente da República, Michel Temer, decolou em 22 de dezembro do ano passado, da Base Aérea de Brasília com destino a São Paulo.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Defesa, Aeronáutica, Exército e Marinha

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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