Usina hidrelétrica
Situada na Fazenda Leopoldina, a pequena usina, era considerada pelos franceses como obra perfeita, construída com rochas extraídas do próprio lugar, para as barragens que a moveriam, gerando considerável potência em kw/h utilizados nas máquinas do engenho para o fabrico do açúcar e do álcool.
Represa na Fazenda Santa Rita
Local atingido após a saída da Praça da Bandeira pela rua Tietê, passando pelo “cruzeiro”, seguindo pela estrada e atravessando o rio sobre uma ponte de madeira. Também possuidora de pequena usina que, na enchente de 1970 foi destruída, bem como a ponte e outras residências que margeavam o rio. Junto à barragem “nas escadinhas”, pescava-se: mandis, lambaris, cascudos e manjubas, que eram preparados para o lanche (regado pelo capilé da fábrica Braggion), das pessoas que fazendo piquenique, ali passavam calmamente as tardes de domingo. Os que sabiam nadar, se atreviam a se afastar da margem, enfrentado as corredeiras.
Residência de Henrique Raffard
Como já foi relatado, o que seria um magnífico ponto turístico, marcando a origem do vilarejo, era o pequeno sobrado, construção e moradia do fundador, que pela ganância e falta do senso de patriotismo de maus brasileiros, foi esse patrimônio histórico, um absurdo e verdadeiro crime, demolido para servir de depósito a bagacinho!!! Ato pior do ocorrido pela invasão do Centro Cívico e Cultural “Major Pires de Campos”, deixando decepção, tristeza e mágoa à Família Stein de Campos, doadora do imóvel e de todos que trabalharam com gratidão, dedicação amor, para sua inauguração.
Voltando no tempo: a partir de 1899, após Henrique Raffard, atuaram como Diretores da Usina, os franceses Henri Durocher, Henri Devoisne, Georges Castier, Oscal Girol, Gedeon Guibal, Archieles Gollet, Pierre Resmond, Roger Desmons, Jean Gallois, René Cailleaux.
Nos setores: fabricação, manutenção, cultura, serviços químico e elétrico, Albert Laluque, Mr.Debois, Fernand Thuillier, Marc Mouras, Maurice Rauyssou, Alexis Clermont, Francis Lejean, Robert Smieers, Leon Gastier, Adolphe Langrenay, Maurice Deboust, Raymont Demandes, Mr. Héry, Louis Mialhe, Jean Jacques Métral, Paul Toussaint, Charles Friborg, Daniel Rim, Paul Vimont, Paul Madon, Jean Claude Allkain, André Maricourt, Pierre Poujade, Jean Baraud, Marcel Nouville e Piatinisk, este, russo e residente na Fazenda São Bernardo.
Esses franceses, durante o tempo que aqui estiveram, auxiliaram e um modo ou de outro para o crescimento e progresso local. Assim nos relatou o Sr. Luiz Lorenzon, pedreiro e parente dos que ergueram a Igreja Matriz de Rafard: o povo sem condições financeiras para prosseguir na obra, recorreram ao gerente da usina que se prontificou a concluí-la desde que se chamasse Nossa Senhora de Lourdes (Santa francesa), o que foi aceito e cumprido.
Como nossos leitores estão observando, a nossa intenção é revelar através de pesquisas e do que testemunhamos, como parte da história deste município que muito amamos, por razões sentimentais, nos recebendo de braços abertos e onde passamos grande parte de nossa saudosa infância que tão longe vai. Um país que não preserva a sua história, tende a desaparecer. Procuraremos lutando para que isso não aconteça aqui.
Cidadania
As ruas e praças continuam sem limpeza assim como os maus motoristas, estacionando junto a Lotérica em lugar reservado à idosos e cadeirantes. Onde estão os guardas municipais? Se não houver a colaboração do povo, continuaremos como caranguejos, andando pra traz. É isso.
ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
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