Colunistas

Naquele tempo V

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Fazenda Itapeva

Prosseguindo no relatório dos pontos turísticos de Rafard, citamos a fazenda acima, local de parada obrigatória dos bandeirantes vindos de Piracicaba, antes de 1820, dando origem a um vilarejo, onde foi, na sua parte central, pelo Padre João Ferreira de Oliveira Bueno construída a histórica Capela de São João Batista de Itapeva a 1ª da região. Posteriormente o cemitério, escola, campo de futebol e outras iniciativas em benefício da comunidade.

Com a mudança da rota dos bandeirantes, após deixarem ali várias famílias residindo, fundaram também as margens do Rio Capivari (por ser o habitat de grande número de capivaras) muitos anos depois, a cidade de Capivari. Na Capela, após reforma, prossegue realizando cerimônias religiosas oficiadas pelo padre de Rafard.

Muitas famílias de outras cidades, cujo objetivo era o trabalho para a usina (no plantio, corte e transporte da cana-de-açúcar), assim como no escritório, laboratório, moenda e manutenção dos aparelhos. Periodicamente são ali realizadas concorridas festas, patrocinadas pelos seus moradores e visitantes.

Estação da Estrada de Ferro

Foi construída em 1875 e 1876. Os trens de passageiros e de carga, vindos de São Paulo, até Piracicaba, paravam em horários certos, nas várias cidades para o embarque e desembarque de passageiros, havendo bilhetes para carros de 2ª e 1ª classe, estes com mais conforto aos ocupantes. As máquinas apelidadas de “Maria Fumaça” que movimentavam as composições eram a vapor, produzido nas caldeiras, alimentadas por toras de madeira, conduzidas por um maquinista e um foguista, este último cuja função era colocar as toras na caldeira.

Nas estações havia o chefe, com residência anexa ao imóvel, propriedade da Estrada de Ferro; dois telegrafistas (um efetivo e um praticante), e o vendedor de bilhetes, além dos “manobreiros” para mudar a posição dos trilhos, causando desvio dos trens; os “portadores”, funcionários encarregados de conferir e registrar as cargas ou encomendas e embarcá-las em vagões próprios, assim como fazer a entrega dos ditos materiais quando vindos de outros lugares, mediante um documento chamado “conhecimento”, recebido pelo Correio.

Infelizmente, esse meio de transporte mais seguro, mais barato e mais eficiente (embora mais lento), com carros dormitório e restaurante, foi substituído pelas rodovias, talvez em benefício de interesses particulares. Os resultados, tivemos oportunidade de vivenciar recentemente, com a greve dos caminhoneiros, causadora de prejuízo ao Brasil e todos os que nele residem…

Tanque São José

Localizado na Fazenda Itapeva, local aprazível, área de lazer desfrutada pelos franceses e seus convidados para prática de natação e remo, além de churrascos regados a ótima cachaça fabricada pelo Bimbo Bragion, em alambique feito por ele.

Cidadania

Apenas boa vontade não soluciona os problemas do município, sendo necessárias, além de capacidade para administrar, amor à terra e patriotismo, com lealdade visando o progresso da área que administra. Não é o que estamos vendo em Rafard, que se assemelha a um filme de faroeste americano, com ruas poeirentas e sujas, lixo e mato por todos os cantos, sem xerife para por ordem no lugar. As reclamações continuam e os erros também.

Se você não acredita, dê uma voltinha por nossas praças e ruas e constate. É isso.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?