Colunistas

Naquele tempo…

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Por fazer parte de nossa infância, em anos passados na então Villa Raffard, estamos iniciando um relatório para que; os poucos remanescentes daquele bom tempo, com saudade recordem quando éramos felizes e não sabíamos…

Nascido em Mumbuca a 26 de Novembro de 1925, aqui chegamos no dia 19 de Julho de 1932 com sete anos de idade, sendo matriculados no Grupo Escolar, onde, após ser a sede do Rafard Clube Atlético, hoje na Drogaria São Luiz os clientes são, com eficiência, muito bem atendidos pelos seus funcionários.

Naquela época -1875- 90% da população era constituída por famílias vindas da Itália como imigrantes que por nada conhecerem sobre a língua portuguesa, para bom entendimento foi necessária uma troca de aprendizado verbal, nós á eles ensinando a nossa linguagem e eles nos ensinando a pronunciar a deles.

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Neste trabalho estaremos fornecendo – dentro do possível – os nomes das famílias pioneiras que, perseverantes trabalhadores, tudo fizeram pelo desenvolvimento e progresso do vilarejo, sendo uma delas de grande prestígio, a de Paulino Galvão de Almeida França e sua esposa Dona Josepha de Cerqueira, comprando de Dona Escolástica Maria de Almeida Campos e seus filhos, um sítio com gado e plantação de milho pelo preço de 42:000:000 reis, dando origem ao Sítio do Paulino Galvão.

Em uma Fazenda do Município de Capivari, chamada “Boa Vista”, no ano de 1883, a margem esquerda do rio Capivari, era fundada por Júlio Henrique Raffard o Engenho Central de São João de Capivari, passando o lugar em sua homenagem a chamar-se “Villa de Henrique Raffard”, posteriormente “Villa Raffard” e mais tarde ao ser elevado à categoria de Distrito, apenas “Rafard”.

As famílias – a maioria italiana – cujos homens como operários no Engenho, residiam em casas geminadas, por ele construídas em terreno de sua propriedade. Também nas Fazendas, para os lavradores no cultivo e corte da cana-de-açúcar, plantavam também café.

Deve-se a formação, desenvolvimento e progresso deste município, à Usina Rafard a atuação da Sociedade Anônima Francesa para a “Societé de Sucreries Brésiliennes” (Sociedade de Açúcar Brasileira S.A.). Originou essa sociedade a fusão de diferentes negociações, sendo mais antiga a companhia açucareira de Vila Rafard comprada em 1899, por MR. Maurice Allain em sua viagem ao Brasil, com auxílio de capitais franceses e brasileiros.

Entre outras iniciativas, Mr. Maurice Allain, com auxílio da usina colaborou na construção da Igreja Matriz – Nossa Senhora de Lourdes a Padroeira da cidade, completando a obra iniciada pela população.

Falecido em Paris no dia 08 de janeiro de 1960, aos 101 anos de idade, esse ilustre cidadão foi o incentivador máximo para o desenvolvimento de Rafard, dando a esta cidade em 1929 melhor aspecto, mandou nivelar, colocar guias, sarjetas e calçadas na rua principal pelo que, reverenciando a sua memória, em reconhecimento, respeitosa gratidão e homenagem leva o seu nome. (Segue)

Cidadania

Tendo afirmado muitas vezes o dito popular: “O povo que não preserva sua história, tende a desaparecer!”, é que estamos modestamente nos unindo a outros pesquisadores, colaborando para que seja mantida a vida deste amado pedacinho de solo brasileiro, que nos deu carinhosa guarida e onde nosso corpo material será um dia sepultado.

Os nossos apelos não encontraram eco junto as “autoridades municipais”, quanto a limpeza das ruas e praças, que continuam, sujas, emporcalhadas! É isso.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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