Opinião

Não se nasce santo, mas vive-se a santidade

Padre Marcio Prado – Foto: Wesley Almeida

“Seu nome completo, Antônio de Sant’Anna Galvão, nome de batismo que trazia uma grande responsabilidade, pois lembrava um outro santo franciscano, que no seu nome trazia ainda uma herança bem sucedida de seus pais, ricos, e também a principal herança: a fé. Algo muito importante de saber é que ele viveu seu batismo e por isso chegou à santidade dos altares”.

Ninguém nasce santo, perfeito, mas nasce por permissão de Deus e querido por Ele. O pequeno Antônio foi educado na fé e foi correspondendo ao batismo que, por sua vez, nos vocaciona à santidade. Antônio viveu o batismo primeiro em casa e, ainda jovem, sentiu o chamado para vida religiosa e entrou para o seminário, a princípio jesuíta e depois para os franciscanos.

Por causa de sua inteligência e progresso nos estudos, logo fez sua profissão na ordem dos frades menores e, depois de pouco tempo, recebeu a ordenação sacerdotal. Desempenhou várias funções como frade: porteiro (pela facilidade na comunicação), confessor e pregador.

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“Ele foi confessor numa casa de Recolhimento e enfrentou resistências, pois o governo queria fechá-la, mas com a pressão popular e ajuda do bispo, a casa de Recolhimento se manteve aberta. Esta casa é o Mosteiro da Luz, na cidade de São Paulo, onde Frei Galvão foi também arquiteto.”

Há muitas histórias de milagres relacionadas a frei Galvão. Uma das mais famosas diz respeito às pílulas. Frei Galvão costumava visitar doentes e grávidas. Certa vez, um homem o procurou, pois sua mulher estava com dificuldades no parto. O frei escreveu um trecho do ofício da Imaculada em três pequenos papéis, o esposo deu-o à sua mulher que teve a criança num parto normal.

Frei Galvão viveu e anunciou Jesus Cristo, “honrou” o nome Antônio como pregador e realizador de grandes feitos. Foi fiel ao pai São Francisco de Assis e à sua ordem religiosa. Frei Galvão por onde passou fez o bem! Ele morreu em 23 de dezembro de 1822.

Que a vida de frei Galvão possa nos despertar para viver o batismo. Onde quer que nós estejamos, vivamos a santidade nas coisas mais simples da vida. Comemorar Santo Antônio de Sant’Anna Galvão é responder ao chamado de Cristo, é santificar as realidades com que se depara, é ser um bom porteiro, um bom sacerdote, um bom arquiteto, um bom cristão que apenas vive o que deveria viver. Vivamos o batismo e seremos também santos!

* Padre Marcio Prado é sacerdote da Comunidade Canção Nova e vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias. Autor dos livros: “Entender e viver o Ano da Misericórdia” e “Via-sacra do Santuário do Pai das Misericórdias”, pela editora Canção Nova. Twitter: @padremarciocn

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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