Siegfried J. Schwantes conta a história: Joel Prince terminou o curso de Arquitetura num tempo de profunda depressão econômica e descobriu que o mundo não precisava de arquitetos.
O desemprego era generalizado, a carestia assolava o mundo. Enfim, Joel conseguiu o emprego de cortar pedras numa pedreira.
Ele cortava as pedras com tanto esmero e meticulosidade que chegou a irritar o seu chefe. Não demorou para ele receber o comunicado que estava sendo dispensado e devia se dirigir ao escritório da Johnson & Johnson para acerto de contas às 10 horas da manhã. Pediram-lhe explicações do seu método de trabalho, e respondeu o que havia aprendido em seus estudos. “Sinto muito prazer ao saber que as pedras que corto são bem cortadas.”
‘Com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir.’ (Mat. 7:2) Então o presidente disse ao seu filho: “Não é, Donaldo, acho que não precisamos mais usar este homem na pedreira, mas tenho a certeza de que podemos arrumar um lugar no escritório, se isto lhe interessar.” Anos mais tarde foi erguido um templo maravilhoso naquela cidade, e na pedra angular se lia: ‘Pelos cidadãos desta grande cidade e por seus colegas de trabalho, um tributo a Joel Prince, o arquiteto.’ “Aqueles que aspiram à perfeição, que não poupam trabalho de modo cabal, gradualmente ascendem ao cume em suas profissões. Na competição severa do mundo hodierno para a frente, sempre para a frente, irão os competentes e esmerados, fora, sempre fora irão os ineficientes e relaxados.” (Colunas do Caráter ps. 65 e 66)
“Sede vós perfeito como é perfeito o vosso Pai”. Procure fazer perfeito tudo o que tiver de ser feito. A Bíblia nos aconselha: “E tudo o que fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus o Pai.” E tudo o que fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que servis.” (Col. 3: 17,23-24)
“Tudo o que deve ser feito, merece ser bem-feito” diz um ditado popular. Quando fui à cirurgia do joelho, procurei saber sobre as habilidades e experiência do médico cirurgião. Conversei com ele, e então resolvi. Para construir a minha casa, procurei um pedreiro conhecido em quem eu confiava, eu ia morar nela. Você viajaria num avião, cujo piloto tivesse tido poucas instruções de cabine e fosse a primeira viagem? A poucos dias um piloto apareceu alcoolizado para pilotar um avião. A empresa o demitiu, pois colocava em risco a tripulação, os passageiros e a imagem da empresa.
Assim, como desejamos que nos sirvam cabalmente, assim devemos nos esmerar para servir aos outros. Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei vós também a eles, pois esta é a lei e os profetas.” (Mat. 7:12).
Jesus, o Criador fez todas as coisas perfeitas. Recolhi um vaso com treze orquídeas, que perfeição! O corpo humano é uma perfeição, cada coisa: sobrancelhas, cílios, olhos, nariz, órgãos, cada qual com sua função, todos trabalhando diuturnamente em colaboração uns com os outros para o bem do corpo. E Deus espera que cada um seja perfeito em tudo o que faz. Fazer menos do que o melhor possível é desprezar as habilidades a ele concedidas pelo Criador.
O professor deve ver no aluno o futuro homem de sucesso; o escultor enxergar no bloco a esculpir a sua obra acabada; o torneiro, a válvula funcionando no carro, ou seja, o profissional deve trabalhar com esmero, como Joel Prince, antegozando a perfeição de seu trabalho.
Tendo livre arbítrio, o homem escolheu praticar o mal, consequentemente, o seu caráter se degenerou, portanto, o ser humano precisa se lapidar e regenerar. Essa missão é constante, enquanto viver. Jesus oferece o poder: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (Rom. 8:37) A luta é renhida contra os vícios e maus hábitos tão arraigados, mas não desistamos e a vitória virá.
Diz a história que o escultor Thorwaldsen foi visto chorando diante de uma estátua belíssima. Questionado se não estava satisfeito com a sua obra, respondeu: “É justamente porque estou satisfeito que eu choro. Não vejo como posso aperfeiçoar minha arte.
“Satisfação com as consecuções do passado representa estagnação… que é o prenúncio do retrocesso.” (C. Caráter, 69) Na restauração do caráter não se pode contentar com o já alcançado. Deus nos mostra o alvo a atingir: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento.” (1 Pedro 1:15).
Quando nos consideramos justos, puros, honestos, íntegros o suficiente é porque estamos totalmente fora do alvo. Cristo é o foco a ser atingido. Ele diz “Eu vos dei o exemplo, para que façais o que eu fiz… Agora que sabeis estas coisas bem-aventurados sois se as fizerdes.” João 13:15 e 17)
São Paulo sabia bem da jornada que lhe era proposta: “Irmãos, não julgo que eu tenha alcançado. Mas, uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam… prossigo para o alvo, pelo prêmio … Todos quantos somos perfeitos tenhamos este mesmo sentimento.” (Fil. 3:13-15)
