22/04/2016

Não ouvi, não vi e não falei nada

EDITORIAL | Desleixo, imprudência, negligência, desmazelo…
O que melhor se encaixa na atual situação vivida pelo povo brasileiro quando o assunto é precisar do poder público?
O Olho da Providência é um símbolo exibindo um olho cercado por raios de luz ou em glória, muitas vezes dentro ou em cima de um triângulo ou de uma pirâmide. Costuma ser interpretado como a representação do olho de Deus observando a humanidade. Conhecido também como o olho que tudo vê. Por aqui, alguns setores do poder público fingem não ver e nem saber de nada. Que tal chama-los então de “os olhos que nada veem?”
Mais uma vez, somos obrigados a relatar o desleixo com que o munícipe é tratado. Falta planejamento, conhecimento, consideração e acima de tudo, vontade de fazer. Não é segredo para ninguém que tanto Rafard quanto Capivari estão sofrendo com a infestação de baratas e ratos, conforme relatado por dezenas de moradores nas redes sociais nos últimos dias. Talvez só não esteja atingindo a casa dos responsáveis por tais áreas. Afinal, a Vigilância Sanitária de ambas as cidades, dizem não ter recebido nenhuma reclamação.
Ora, pois. Acho que estão ligando para reclamar no lugar errado, já que aqui as reclamações são constantes. E outra, mesmo sem reclamações, não é papel do poder público zelar pela sanidade do ser humano? Já que a época é propícia para o aparecimento de tais insetos e mamíferos roedores, seria prudente ações específicas para o combate a proliferação. Bem como nos casos de dengue. O combate é o melhor remédio.
O que causa descontentamento e indignação são as respostas prontas e a falta de efetividade e interesse em querer saber coisas simples, como de onde partem as reclamações ou até mesmo um cronograma de combate para tais pragas. Ao que parece, a estratégia é dizer que não viu, não ouviu e não falar nada.
Enfim, mudam-se as peças, mas o jogo continua o mesmo.
Triste realidade!