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“Nada se cria, nada se perde na natureza, apenas se transforma” – III

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Sempre rememorando os anos de nossa infância em Rafard passados (1932 a 1938), por fazer parte da sua História e do conhecimento de poucos dos atuais moradores, prosseguimos, relatando alguns fatos interessantes ocorridos na Usina local.

Soubemos através do ex-prefeito Heitor Turolla, que os antigos moradores ouviram dos escravos que a Usina estava programada para ser construída na Fazenda Santa Rita, havendo até resquícios de alicerces, mas que; devido ao problema da distância do vilarejo e dificuldade nos transportes, ficou onde está.

Uma vez constatada ser a terra adequada ao plantio das mudas da cana de açúcar, o que era também realizada em determinada época do ano, sempre sob a orientação de engenheiros agrônomos, a operação era executada por operários locais. Considerada oportuna a data, era o corte, feito no período chamado “safra”, quando vindos de outros Estados, muitos “cortadores” eram contratados para suprir a carência local.

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A fiscalização da eficiência do trabalho era feita por administradores que, a cavalo percorriam os “talhões” (demarcações na plantação confiadas aos cortadores), para controle da produção e posterior pagamento nominal pelo trabalho executado. Inicialmente, o transporte da cana plantada em imensos canaviais, nas Fazendas onde já haviam se formado pequenos núcleos residenciais, eram utilizadas grandes carretas de madeira, puxadas por duas juntas de bois. O trabalho era braçal do começo ao fim. Posteriormente passaram a usar ferrovia em trilhos que percorriam as plantações recolhendo e lotando os vagões com feixes de cana, devidamente amarrados por tiras da própria gramínea.

As máquinas a vapor, em número de sete (7), eram operadas por um maquinista e um foguista, ao primeiro cabia dirigir a máquina, ao segundo acender e alimentar a fornalha com toras de madeira que ficavam empilhadas na parte traseira da máquina, tendo antes, abastecido enorme tanque com água.

Lembramo-nos apenas o nome de dois maquinistas: Orestes Esbrana e Antero Minçon.

Os operários atuantes em todas as especialidades das sessões na parte interna da indústria, (laboratório químico, oficina mecânica, eletricidade, hidráulica, construções em alvenaria, marcenaria, etc.), previamente preparados e treinados pelos proprietários, transformaram-se em excelentes profissionais dentro e fora da Usina.

Produzindo açúcar cristal, demerara e refinado bem como álcool para todos os fins e usos, a Usina após os franceses passou por vários proprietários e nomes como: Usinas Brasileiras de Açúcar S/A em 1969 o Grupo Silva Gordo, um grupo de Usinas Açucareiras congregada pela Coopersucar, constituiu a “União São Paulo S/A – Agricultura, Indústria e Comércio” em 1972.

Os imóveis construídos com todas as acomodações para as residências dos franceses (verdadeiras mansões), próximas umas das outras, não ficavam muito distantes da Usina e as madames eram atendidas por empregadas contratadas em Rafard, cada uma em sua especialidade. Muitas chegaram a entender e até falar um pouco da língua das patroas, facilitando-lhes o trabalho. (Segue)

Cidadania

Estamos estudando, sindicando, pesquisando e analisando nomes para concorrerem às próximas eleições ao Executivo, Legislativo e Judiciário para esta “Cidade Coração, merecedora de elementos que, além de honestos e capazes, trabalhadores e competentes, amem-na como nós a amamos, desejando com lealdade e dentro da Lei o seu progresso. É isso.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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