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Missa reinaugural da Capela de Itapeva reúne cerca de 100 pessoas

05/06/2015

Missa reinaugural da Capela de Itapeva reúne cerca de 100 pessoas

Celebração foi presidida pelo padre Agostinho Felix Dalpian e contou com fiéis, ex-moradores e autoridades municipais
Antes da missa, história da Capela de Itapeva foi recontada aos presentes (Foto: Wanderley Alves/Câmara de Rafard)
Antes da missa, história da Capela de São João Batista de Itapeva foi recontada aos presentes (Foto: Wanderley Alves/Câmara de Rafard)

RAFARD – Cerca de 100 pessoas assistiram à missa reinaugural da Capela de São João Batista de Itapeva, realizada na tarde de sábado, 30. A celebração especial foi presidida pelo padre Agostinho Felix Dalpian, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, que disse ter ficado surpreso com a quantidade de pessoas presentes e se animou com o projeto. Além de fiéis, a celebração reuniu ex-moradores e autoridades municipais.

Os cânticos religiosos foram interpretados pelo coral do Sítio Limoeiro. “O padre Agostinho, muito gentil, fez uma missa acalorada”, conta o presidente da Câmara, Wagner Bragalda (PMDB). Segundo ele, agora a igreja, localizada na Fazenda Itapeva, em Rafard, precisa de doações e mais braços, a fim de realizar festas no local e fazer renascer o glamour que teve no passado.

Em entrevista à rádio R FM na última semana, Bragalda também anunciou que a capela vai completar 200 anos no próximo dia 24 e, para comemorar a data, que também é a de seu padroeiro, a comunidade promoverá uma festa no dia 11 de julho. “A ideia é que façamos um momento de partilha, onde cada um leve o que quiser comer ou beber. Algumas pessoas também já se ofereceram para levar música.”

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(Foto: Wanderley Alves/Câmara de Rafard)
Missa foi celebrada pelo padre Agostinho Felix Dalpian (Foto: Wanderley Alves/Câmara de Rafard)

Após uma denúncia feita ao Ministério Público pelo ex-prefeito Heitor Turolla e demais idealistas do Legislativo e Executivo, além de populares, e depois de um inquérito judicial, a Capela de Itapeva foi restaurada pela empresa Radar, então proprietária das terras. Com isso, o marco inicial de Rafard, Capivari e Mombuca foi preservado como patrimônio histórico e cultural.

“A usina não podia derrubar parte da história de três cidades. Me senti na obrigação de fazer algo”, disse Turolla, antes do início da celebração. “Com êxito, depois de muita luta e briga com os mandatários, hoje sagramos o resultado positivo. Cabe a nós mantermos para que outras gerações possam conhecer um pouco mais de nossa história”, completou comovido.

Na ocasião, Bragalda também falou um pouco sobre o fato histórico, ao lado do prefeito César Moreira (PMDB) e dos vereadores Daniela Parra (PSDB), Alexandre Fontolan, de mesmo partido, e Rodolfo Minçon (PROS). O presidente da Câmara lembrou que a missão de conservar a capela é igualmente de Capivari e Mombuca.

(Foto: Wanderley Alves/Câmara de Rafard)
Fiéis, ex-moradores e autoridades municipais assistiram à celebração na capela da Fazenda Itapeva (Foto: Wanderley Alves/Câmara de Rafard)

“Recebemos duas tarefas importantes a partir de agora. Temos de conservar a capela e precisaremos de mãos voluntárias para manter isso de pé”, frisa. “A missão não é somente nossa, mas dos três municípios que foram fundados a partir desta fazenda. A reinauguração é um ato de valorização das origens e da fé. Essa capela é um patrimônio cultural imaterial.”

Para o evento do dia 11, no qual serão entregues as chaves da capela ao padre Agostinho, Bragalda disse que a organização social Abaçaí Cultura e Arte quer que o Batuque de Capivari esteja presente. O parlamentar manifestou ainda a vontade de Mombuca também oferecer uma atração. Segundo ele, a festa será das 9h às 15h e está sendo organizada por toda a comunidade.

Imagem

De acordo com o presidente da Câmara, Wagner Bragalda, a imagem de São João Batista original da capela (resgatada com outras imagens e que estava perdida em meio a teias, aranhas, formigas e abelhas) está em São Paulo, sendo avaliada para restauro por um padre amigo do ex-pároco Antônio Carlos D’Elboux, que adiantou algumas informações por telefone.

“Se trata de uma imagem do século 18, de arte barroca, possivelmente vinda de Minas Gerais, que era caminho para o transporte de carvão. A imagem pode ter sido doada por alguma família abastada e, segundo a arquiteta que conversei, a imagem tem um manto com folhas de ouro coladas com cola de coelho e uma auréola que era de prata, mas foi roubada”, conta.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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