Ao rememorar os tempos idos na antiga Villa Raffard, não podemos deixar de citar duas senhoras que fazem parte da sua história: Nadalina Pellegrini Luchi e Maria Thereza Aprilante Gimenes.
A Sra. Nadalina Pellegrini Luchi (parteira), atendendo e realizando o trabalho na residência da parturiente, foi por muitos anos, a responsável pelo aumento da população rafardense. Estatura média, rosto sempre sério, vestido geralmente escuro, cabelo curto preso por rede também escura, conduzindo uma das mãos um guarda-chuva preto e na outra a bolsa, certamente contendo os paramentos profissionais. Não raro, era vista fumando um cigarro de palha. Merecidamente tem seu nome em rua central. Esposa de Carlos Luchi com quem teve a filha, Sra. Lucrécia Luchi Ferreira, nossa competente e saudosa professora no 2º ano do Grupo Escolar.
A Sra. Maria Thereza Aprilante Gimenes, casada com o negociante José Gimenes com quem teve um casal de filhos Louisete e Nelson, morava com a família no sobrado ao lado do armazém (felizmente não foi demolido). Dedicou-se à causa da emancipação, além de lutar para que Rafard tivesse um hospital com maternidade, contando com o apoio da S.A.R. – Sociedade Amigos de Rafard sendo um de seus fundadores.
Na esperança de ver realizado seu sonho – hospital com maternidade – passava de casa em casa, todos os meses, solicitando a colaboração de quinhentos reis para a realização desse benefício para a cidade.
Finalmente a 21 de março de 1978, na presença da homenageada e autoridades locais, foi desfeito o laço da fita inaugurando e dando acesso ao Centro de Saúde “D. Maria Thereza Aprilante Gimenes”, com justiça e reconhecimento bem como gratidão à veneranda senhora cujo sonho, infelizmente até esta data, não foi tornado realidade. Fica este lembrete ao Departamento de Saúde de Rafard.
Reiteramos nossa respeitosa gratidão a essas duas valorosas rafardenses à quais enviamos, onde estiverem os sinceros votos de muita luz e em Paz Profunda.
Cidadania
Mesmo sabendo que as nossas observações, com referência a fiscalização e estudos pela Câmara Municipal para a aprovação de Lei que regulamente o trânsito (fala-se em Convênio), dando condições para que punições sejam lavradas pela polícia militar aos infratores, nem estejam sendo anotadas, por se tratar de benefício para a população estamos insistindo. Quem sabe, talvez um dia alguém que entenda o nosso objetivo, tome uma providência e “ponha a casa em ordem”.
Quanto a limpeza das vias públicas, nota 0! O matagal vivo ou morto continua sendo atirado nas calçadas (demonstrando a má educação de quem o faz) dando a impressão de cidade abandonada. Não somos contra as pessoas, mas, de modo algum podemos louvar e aprovar, deixarem de cumprir os serviços para os quais estão sendo pagos. Sempre há tempo para aprender e não persistir errando. É isso.
ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
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