Manuel Deodoro da Fonseca nasceu em Alagoas, numa família de militares, e com 16 anos entrou na Escola Militar do Rio de Janeiro, tendo como sua primeira ação militar, a Revolução Praieira, uma revolta contra o governo local.
Com a patente de capitão, participou da Guerra do Paraguai, e seu desempenho no conflito e a bravura com a qual encarou as missões lhe permitiram galgar vários postos na carreira militar, recebendo ao final do conflito, a patente de coronel.
Na segunda metade do século XIX, houve um aumento da insatisfação com o regime de Dom Pedro II, entre estes podemos destacar militares, republicanos, a elite agrária e abolicionistas.
Esses grupos, uniram forças no sentido de afastar a monarquia, mas para isso, era preciso a figura de um grande líder à frente do movimento, e o escolhido foi o Marechal Deodoro.
Curiosamente, Deodoro era monarquista e, amigo pessoal do imperador, mas as relações entre eles estavam estremecidas, e o marechal andava muito chateado com a forma com a qual o imperador havia tratado certas questões relacionadas aos militares.
Em 14 de novembro de 1889, correu, pela cidade do Rio de Janeiro, um boato de que o Visconde de Ouro Preto, desafeto do marechal, havia expedido uma ordem de prisão contra Fonseca, e aproveitando-se disso, os militares conseguiram convencê-lo a tomar a frente do grupo.
Em meio a diversas crises que assolavam a monarquia brasileira, Deodoro liderou o golpe de Estado que depôs o Império e proclamou a república no país em 15 de novembro de 1889, e um governo provisório foi instituído, tendo como Presidente o próprio Marechal.
Entre as primeiras medidas estavam a ordem de exílio para a família imperial brasileira, a transformação das províncias em estados federados, a naturalização dos estrangeiros no país, a separação entre igreja e estado e a institucionalização do casamento civil.
O governo provisório deveria durar até a criação de uma constituição, quando então uma eleição definiria o novo governo.
A constituição foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e nas eleições ocorridas logo depois, Deodoro foi eleito, tendo como vice o Marechal Floriano Peixoto.
O novo governo de Deodoro foi curto em virtude de várias crises, e em agosto de 1891, o congresso tentou aprovar uma lei que reduzia os poderes do presidente, mas Deodoro reagiu de forma violenta, dissolvendo o congresso, prendendo opositores, censurando a imprensa e decretando o estado de sítio.
A oposição reagiu pedindo sua renúncia, e após muita pressão, Deodoro renuncia em 23 de novembro de 1891, e recolhe-se à sua residência, na cidade do Rio de Janeiro, e sofrendo de dispneia – doença que dificulta a respiração – morre em agosto de 1892.
A maneira melancólica como encerrou sua carreira não diminuiu sua importância histórica, lembrada sempre em 15 de novembro, feriado nacional, e seus grandes feitos foram motivo de homenagens em todo o país, assim como em nossa cidade, onde esse grande brasileiro é lembrado tendo seu nome em uma de nossas ruas (foto).
Grato por nos prestigiar com sua leitura, e um grande abraço.
COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
Envie sua colaboração para o colunista: [email protected]