Desde o início da pandemia da Covid-19, o Clube Social Esportivo Rafard (CSER) sofre as consequências do cancelamento das atividades sociais e esportivas.
Fechado desde março de 2020, o clube se afundou em dívidas, inclusive trabalhistas e assistiu seu patrimônio ser furtado e destruído aos poucos.
Atualmente, um grupo de atletas mantinha um dos campos de futebol para a realização de jogos aos finais de semana.
Diante da situação, Márcio Moreira pleiteou na justiça a intenção de reerguer o clube. Na última segunda-feira (24), o juiz Fredison Capeline concedeu a antecipação de tutela, para nomear Moreira como administrador provisório.
Márcio, que também é presidente da Cultura Artística de Capivari, tem 90 dias para eleger a nova diretoria do CSER e apresentar a ata da assembleia.
Desde o último dia 24, qualquer tipo de atividade está suspensa no clube. Moreira explica que o local não possui autorização de funcionamento e que o espaço ficará fechado até a expedição de todos os alvarás, tais como, laudo do bombeiro, alvará da Vigilância Sanitária e da Prefeitura Municipal.
Segundo o administrador provisório, fica proibida a entrada de qualquer pessoa e a realização de qualquer atividade no recinto do clube, sob pena de responder nas esferas civil e criminal.
“Após as devidas autorizações legais para abertura e início das atividades, será amplamente divulgado por meios de comunicação”, diz o banner afixado no portão de entrada do CSER.
Na terça-feira (25), Márcio Moreira participou de uma live com o diretor do jornal O Semanário, Túlio Darros, onde explicou a situação atual do clube.
Ele revelou que todos os espaços foram depredados, banheiros, cantina, fiações e bombas das piscinas furtadas.
“Não dá nem pra dizer que vamos começar do zero, porque além de furtar os vândalos depredaram o clube todo.
Peço um voto de confiança de toda sociedade e o apoio para ajudar a reconstruir esse espaço de lazer para toda população”, convoca o administrador provisório.
Para Moreira, que assumiu a Cultura Artística em situação parecida de abandono, é preciso implantar uma gestão clube empresa para que os resultados comecem a aparecer.
“A ideia é transformar o CSER em um clube familiar, com atividades para as crianças e para as mulheres.
Uma associação não vive só de campeonatos de futebol, é preciso atrair toda família, abrindo espaço para eventos que agrade todos os estilos, como pagode, rock, sertanejo etc.”.
Indagado sobre como vai financiar a reestruturação do clube, Moreira disse que deve levantar os custos de todas as necessidades, estruturais e burocráticas, e a partir daí, buscar parcerias públicas e privadas para trazer de volta umas das únicas opções de lazer de Rafard.
“Vou conversar com o grupo de pessoas que estavam zelando pelo campo e conto com a ajuda deles e de todos que amam o CSER, para reviver esse espaço tão importante para a sociedade rafardense.
Estou disponível para receber ideias e ajuda de todos que quiserem contribuir”, finaliza Márcio.
Estrutura
O complexo esportivo do CSER é formado por três campos de futebol society e duas quadras de vôlei de areia.
No complexo aquático, o clube conta com três piscinas, sendo uma semiolímpica, uma média e uma pequena para as crianças.
Na parte social a estrutura é formada por um salão de festas e também um quiosque para realização de churrascos.
Ao lado das piscinas se encontra o playground montado para as crianças.
O clube possui também um amplo estacionamento e uma sauna para os associados.