O ser humano, principalmente a juventude é mais emocional e menos racional. Diante de uma oferta de alucinógeno embarca ingênua, na canoa furada. Aceite jovem, uma porção dessas drogas e você será feliz, terá grandes emoções, andará por estradas macias, sem preocupações, mas saiba as consequências. Leia com coração e pense em você.
Entender como a maconha afeta o funcionamento do organismo é o primeiro passo para tomar uma decisão consciente em prol de uma vida saudável. Não quero exercer pressão psicológica.
Cada um decide o que quer fazer do seu organismo, mas não se pode escolher as consequências adversas em troca de prazer tão passageiro.
Baseio-me nos relatos de alguns médicos, biólogos e pesquisadores sobre drogas psicotrópicas como o renomado professor de Psicofarmacologia Dr. Elisaldo L. Carlini (falecido neste dia 16/9/2020), o psiquiatra Dr. José Carlos F. Galduroz, Solange A. Nappo da FAPESP, o biólogo Dr, Lucas Oliveira Maia da Unifesp, e outros.
Os efeitos variam de acordo com a genética, do estado de espírito e robustez do usuário, do ambiente e da companhia.
Os primeiros efeitos são de euforia, felicidade, paz, e é esta a razão para os dependentes se apegarem a uma droga de consequência tão maléfica para ele e para sua família. A maconha causa sonolência e diminuição motora, sanado com o aumento da dose, intensifica os movimentos, devido ao THC (tetrahidrocanabinol), que circula no sangue, aumenta a frequência cardíaca e a ansiedade, e conforme o histórico familiar ou pessoal pode causar infarto, pode levar a uma calma e relaxamento como à ansiedade, angústia, e ou, ao desespero (dependendo da concentração de THC), hipotermia (baixa temperatura corporal), aumenta o apetite, boca seca, olhos avermelhados.
Os cigarros de maconha e de tabaco contém mais de 100 componentes cancerígenos e altamente venenosos (segundo pesquisa da JAMA –The Journal of the American Medical Association).
O uso da maconha por 10 anos diminui a capacidade pulmonar, embora o cigarro comum seja mais agressivo aos pulmões e aos demais órgãos. Essa droga maldita prejudica principalmente a memória e cognição em curto prazo.
Se o uso for diário não conseguirá reter informações.
Outro prejuízo à saúde é no sistema sexual causando diminuição no libido, problemas menstruais, impotência, infecundidade.
Quando é usada em grande volume pode causar agressividade, roubos, e assassinatos.
O usuário precisará consumir cada vez maior quantidade para surtir, os mesmos efeitos devido aos sintomas de abstinência (irritabilidade, insônia e falta de apetite).
É certo que, ela torna seus usuários menos dependentes (8%) do que outras substâncias. Dr. Lucas Maia afirma que após 28 dias de abstinência, as funções da memória, cognição e motoras voltam à normalidade, enquanto a dependência de outras drogas como da cocaína, LSD precisam de tratamento muito mais prolongado, até por um ano, mas isto não ameniza os graves prejuízos causados pela maconha.
O lado bom é o sabido benefício terapêutico da cannabis, outro nome dessa diabólica. Ela pode ser usada para reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia diminuindo as náuseas e vômitos; é aplicada também para estimular o apetite e proporcionar uma qualidade de vida melhor para os pacientes em estado terminal de AIDS.
Estudos têm revelado que a maconha é eficaz como substituto dos analgésicos fármacos como a morfina no caso em que os pacientes neuropáticos sofrem de dores intensas motivadas pela esclerose múltipla. Dr Maia diz que essa droga é usada como tratamento medicinal em caso de glaucoma (nervo óptico lesionado) a cannabis diminui a pressão intraocular.
E ainda, a maconha é usada no tratamento de casos de epilepsia, à base de canabidiol contra convulsões com bons resultados. Note: como medicinal e orientação médica.
Entre os vários nomes da maconha são conhecidos: cigarrinho do capeta e erva maldita e, mesmo assim muitos caem nessa armadilha tão prejudicial à saúde do usuário, trazendo estresses e desgastes à sua família. Fuja dela, e dos “amigos” que lhe dão ou vendem. Pois são os seus piores inimigos, eles nem irão ao seu enterro.
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.