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Lamaísmo

A palavra lamaísmo, de lama (mestre, líder) significa setor religioso, ou filosófico. No caso, é o instrutor dos seus seguidores, principalmente, no Tibete e na Mongólia, é a designação de sacerdotes. O monge líder, atualmente, é o Dalai Lama.

Qualificado como tântrico e xamânico (práticas de orgias, possuídos pelos mortos que expressam momices com vozes alteradas) os budismos tibetano e mongol possuem como características fundamentais a profunda meditação, ritualismos, leitura de Sadhanas (vários textos litúrgicos). Os lamaicos são ativos praticantes da pintura e da escultura. São ciosos no relacionamento entre monges e alunos e no respeito à hierarquia budista lamaísta.

O lamaísmo sofreu influência de algumas religiões absorvendo o magismo em grande escala. Nele há uma subdivisão: a mais popular e a mais culta, esta, chamada Doutrinas dos Anciões. O culto popular é mais antigo, com características acentuadamente xamânicas e tântricas, de magias e politeísmo, alquimia medicinal visionária e possessão de dons fora do comum. Não se percebe tanto, isso na parte doutrinária dos anciões.

O budismo tântrico, segundo Rafael P. Ferreira Dias (U.F. da Paraíba) busca na transmutação dos desejos e paixões um valioso suporte salvador capaz de emancipar a consciência humana de todos os condicionamentos psicológicos, libertando-a dos apegos sensoriais e da instabilidade mental. (Tese de mestrado, resumo) Incluindo a meditação, visualização, ritos e sexo-yoga.

A prática sexual é um dos grandes pilares da espiritualidade budista, e quando executada de acordo com os ensinos tântricos confere a principal meta do budismo: a iluminação espiritual, a libertação última do sofrimento e do jugo material. De acordo com Dias, o budismo tântrico tem origem ligada a Buda (563 a.C.)

A meditação deve ser de profunda absorção, com tempo para alterar a consciência, ou seja, entrar em transe, como os praticantes do xamanismo, umbanda, candomblé, espiritismo); isso leva os líderes a ter dons esdrúxulos e ter visões do Tao, a energia criadora de todas as coisas e existente em todas elas.

Como segmentos da meditação, e mesmo como parte dela, os rituais sagrados têm papel destacado. O principal rito budista tântrico é para transformar a nossa mente, eliminando o lado negativo, pessimista, e ativar o lado das emoções mais positivas. Os discípulos devem comprometer-se a perseverar, na sua vida e nas meditações, a fim de buscar um vínculo forte e profundo “de coração a coração” com o seu mestre, a figura búdica, procurando identificar-se com ele, e imaginar-se igual a ele, na forma, no agir e na mente.

Lembro-me da experiência revelada por um budista tântrico que, após voltar a si de uma dessas visões, ter dito não saber se ele era um homem transformado em borboleta ou uma borboleta transformada em homem.
Outro ritual frequente no lamaísmo budista é no funeral, principalmente no Japão. A monja zen budista Coen de Souza explica, que colocam flores no caixão, uma tigela de arroz cozido, outros alimentos e água, e sobre a mesinha, vela e incenso, de modo que nada falte ao morto na sua nova existência.

Dalai Lama ensina: “Não acredite em nada, não importa onde leia ou quem diga, ao menos que esteja de acordo com sua própria razão”. Esse racionalismo diviniza o homem e o concebe igual a Deus. É a mesma a teoria de Satanás (Gênesis 3:4-5), teoria esta, contrária aos preceitos de Deus. Eva morreu, o Diabo e o Dalai estavam errados.

Jesus ensinou que um só é o nosso Mestre, ninguém mais, todos os outros são irmãos, aquele que deseja ser mestre, seja o serviçal. (Mateus 23: 9 -11)

Deus também condena magia, adivinhação, quiromancia, cartomancia ou quaisquer assemelhados com intuito de prever o futuro de alguém. (Deuteronômio 18:10 -12).

O cristianismo não usa de alteração de consciência para obter dons, pelo contrário, o culto deve ser racional. (Romanos 12:1) Deus é quem dá os dons (1 Coríntios 12:7-11; 14:15); é desnecessário inebriar-se, não se alcança o favor divino com a excitação.

Não há nenhum valor salvífico fora de Cristo, “Eu sou o Senhor e fora de mim não há salvador. Eu anunciei, eu salvei, eu fiz ouvir…” (Isaías 43:11-12).

Ninguém consegue mudar o caráter com meditação, visualização, ritos ou sexo-yoga, mas, com diligente esforço e ajuda divina. (2 Pedro 1: 5-7,10; Filipenses 4:13)

Já vimos, em outros estudos, os mortos não participam das atividades dos vivos (Eclesiastes 9:5-6,10), é inútil colocar oferendas no caixão ou no túmulo.

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