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Jovens estão pessimistas com mercado de trabalho, diz CIEE

09/07/2015

Jovens estão pessimistas com mercado de trabalho, diz CIEE

Enquete apontou que 75% dos estudantes estão insatisfeitos; em Capivari, perspectivas devem ser favoráveis
Em junho, 52 pessoas foram contratadas por meio do PAT de Capivari (Foto: Agência Brasília/Creative Commons)
No mês passado, 52 pessoas foram contratadas por meio do PAT de Capivari (Foto: Agência Brasília/Creative Commons)

CAPIVARI – Uma enquete realizada no início do ano com 10,7 mil estudantes cadastrados no banco de talentos do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) apontou que 75% dos jovens estão pessimistas com as oportunidades do mercado de trabalho neste ano, em relação a 2014. Apenas 4% dos alunos não quiseram opinar. De acordo com o CIEE, no que tange à oferta de estágios e de aprendizagem os otimistas (21%) estão certos.

“O número de contratos firmados pelo CIEE no primeiro trimestre de 2015 aumentou em 5,37% com relação a igual período do ano passado, saltando de 88.680 para 93.446”, informou. Desde sua fundação, há 51 anos, o CIEE já encaminhou 15 milhões de estudantes para estágios. Para se ter uma ideia, o continente é maior do que a população da cidade de São Paulo.

Em Capivari, as perspectivas para esse ano também são bastante favoráveis, segundo o diretor de Desenvolvimento Econômico e Emprego, Mário Franco. Isso porque muitas empresas estão se instalando no município, “gerando, desta forma, novas oportunidades de emprego”. A designer de moda Luana Elisa Ré, de 25 anos, não concorda. De acordo com ela, está cada vez mais difícil encontrar um emprego.

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“Mesmo você sendo formada e com um currículo bom não contratam”, afirma. Porém, Luana, que nasceu em Capivari, mas atualmente mora em Rafard, disse acreditar que o problema não é exclusividade da Terra dos Poetas. “Essa situação está em todo o Brasil.” Na mesma linha, Jéssica Aparecida dos Santos, de 22 anos, disse estar pessimista com relação às ofertas de emprego.

“Estou desempregada, à procura de serviço, mas está difícil. Já mandei currículo em um monte de lugar e não acho. Está horrível”, diz. Capivariana, ela também está morando na Cidade Coração. Em contrapartida, segundo Franco, as oportunidades para os jovens são as mesmas daqueles que já se encontram no mercado de trabalho, “uma vez que as empresas, muitas vezes, não exigem experiência”.

O Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Capivari disponibiliza 70 a 100 vagas por mês. Somente no mês de junho, 52 pessoas foram contratadas, de acordo com Franco. As vagas mais procuradas são para auxiliar de produção, serviços gerais, limpeza, cuidador de idosos, motorista e para setores administrativos. Já as mais ofertadas são para auxiliar de produção, serviços gerais e limpeza.

Apesar disso, a escriturária Cilza Bragion, de 51 anos, contou que uma de suas três filhas não consegue arrumar emprego há algum tempo. As outras duas trabalham em Capivari e Rafard. “Nem tem o que dizer. Em Capivari ou Rafard, se você for procurar emprego só dão para quem tem QI: quem indica”, ironiza. “Porque você pode mandar milhões de currículos, eles ignoram.”

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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