José de Souza Gomes Coelho – (Nhonhô Coelho). Banqueiro, benemérito, industrial. Nasceu em Capivari, SP, no dia 22 de fevereiro de1880. Filho de Antônio Ladislao de Souza Gomes Coelho e de Anna Dyonísia Ladislau de Souza Gomes Coelho.
Casou-se em 24 de março de 1917, com Isabel Vieira Coelho, cujo consorte teve os filhos Ignês, Maria, Maria Aparecida, Maria do Carmo, José Antônio, Antônio Laduslau, Frrancisco Philomeno, Maria Izabel e as gêmeas Maria de Lourdes e Maria Bernardete (1ª.núpicias) e com o falecimento desta, casou-se com Maria Meneghesso (Yayá), em 19 de julho de 1938, tendo os filhos Maria José, Maria Helena, Francisco, Roberto, Maria Cecília, Luiz Gonzaga e José Júnior (2ª. núpcias).
Nos estudos escolares a nível superior, não conseguiu seguir, como desejava, pois que teve de interrompê-los por necessidade de trabalhos junto aos irmãos, na fazenda da família, em Capivari (Fazenda Santa Cruz).
Após a dissolução da sociedade dos Irmãos Coelhos, que ocorreu por volta de 1923, mudou-se para Piracicaba e adquiriu a Fazenda Diamante, onde se dedicou à produção de aguardente de açúcar mascavo e derivados, milho, feijão, arroz, fumo, criação e engorda de suínos e ovinos, e nessa fazenda, tinha grande alegria de reunir os sobrinhos em épocas de férias.
Foi um dos principais nomes ligados à criação e manutenção de instituições de assistência social em Piracicaba.
Amigo do Monsenhor Rosa (v.), liderou em 1933, a pedido deste, o movimento de que resultou a construção e inauguração da capela no local em que viveu o preto Aleixo (v.), na rua do Rosário, desativada em fins dos anos 40. Atendendo igualmente a pedido do Monsenhor Rosa, Nhonhô Coelho formou a comissão da construção de capela e creche no bairro Paulicéia, capela que originou a Igreja Matriz da Imaculada Conceição de Maria.
Na década de 1940-49, Frei Evaristo de Santa Úrsula, superior dos Frades Franciscanos de Piracicaba, buscou o apoio de Nhonhô Coelho para a construção do Lar Franciscano de Menores (ou Abrigo de Menores Desamparados), sendo assim possível levar avante a edificação, graças ao empenho desse cidadão altruísta, à frente de um grupo de colaboradores, entre os quais o empreiteiro Paulo Elias Pecorari.
Ainda nos anos 40, Nhonhô Coelho liderou a construção do Centro Operário Nossa Senhora Aparecida (posteriormente Capela de Nossa Senhora Aparecida). Foi provedor do Asilo de Velhice e Mendicidade, posteriormente Lar dos Velhinhos, durante longo período, de 1935 a 1949.
Segundo depoimento de Milton Rontani, a manutenção do asilo tornou-se dificílima, naqueles anos de crise econômica e guerra mundial. “Nhonhô Coelho, já idoso, não media sacrifícios em prol dos necessitados”, lembra Rontani.
“Com sua camionete usada, com muitos quilômetros rodados, enfrentava galhardamente não só as intempéries… e as árduas estradas municipais de terra batida, em busca de alimentos aos velhinhos sob sua guarda. Soube, com afinco, desempenhar a sua missão”.
A municipalidade piracicabana prestou-lhe merecida homenagem, perpetuando a sua memória com o nome de rua Nhonhõ Coelho, na Vila Rezende, paralela às avenidas São João Teodoro e Dr. Morato.
Faleceu em Piracicaba, SP, em 17 de abril de 1952, aos 72 anos de idade. Foi um exemplo de dignidade, perseverança e bondade, mercê do seu espírito humanista.