Arnaldo Divo Rodrigues de CamargoColunistas

Jesus era beberrão?

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA

Aprendemos com Jesus que a autoestima faz bem para a vida e para a saúde física e espiritual. Ele era um jovem sábio e compenetrado de sua missão.

Hoje, estudos realizados por psicólogos norte-americanos constataram que aqueles que têm fé e praticam o bem têm quatro benefícios:

– O sistema imunológico funciona melhor.

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– A autoestima se mantém elevada.

– A pessoa fica bem consigo mesma.

– Quem está de bem consigo consegue estar de bem com a vida e com o mundo.

Certa feita, indagado se não estaria sendo soberbo, Jesus respondeu: “Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus” (João 8:5).

É muito bom isso: ter autoconfiança e acreditar num Poder Maior que a todos abençoa e do qual somos filhos e herdeiros.

De outra feita, quando estava curando pessoas num sábado, foi recriminado e então disse: “Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mateus 12:8 e Lucas 6:5).

Ele também se posiciona como filho de Deus, e admite que somente o Pai pode ser chamado de bom, mas aceita o título de mestre e também de bom pastor: “Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. (João 10:14) Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:1).

E o Nazareno não tinha problema em falar de sua postura, tanto assim que se expressou em público, sobre o que comentavam de suas companhias, amizades e comportamentos: “Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores” (Lucas 7:34 e Mateus 11:19).

O Cristo não tinha problema com bebida ou comida, porque não excedia em seu hábito, assim como há pessoas que conseguem manter o controle sobre o álcool. Mas existem muitos que se tornam dependentes. As estatísticas dizem que, para cada dez pessoas que experimentam o álcool, uma vai se tornar escrava dele, ou alcoólatra.

Muitos dizem “eu bebo socialmente”. Muita gente que diz isso no social, mente a si mesma, e está muito perto do abismo da dependência química.

E não é de hoje que existe o problema do alcoolismo. Moisés mesmo já alertava para o assunto: “E dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz; é um comilão e um beberrão” (Deuteronômio 21:20).

ARTIGO escrito por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA

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Jornal O Semanário

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