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Impostômetro da Associação Comercial registra R$ 1 TRILHÃO nesta 3ª-feira às 12h20

Até este dia, cada brasileiro terá pago R$ 5.117,86 em impostos; tributo de maior arrecadação é o ICMS, com 20,66% do total; estudo completo será entregue dia 27/8
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vai registrar nesta terça-feira (27/8), por volta de 12h20, R$ 1 trilhão em impostos, taxas e contribuições federais, estaduais e municipais pagos por todos os brasileiros desde 1º de janeiro de 2013.
E para que os cidadãos se conscientizem dessa alta carga tributária e cobrem serviços públicos de qualidade, o Movimento das Associações Comerciais (ACs) vai fazer uma mobilização em frente ao painel do Impostômetro, na Rua Boa Vista 51, centro da capital paulista, a partir das 10h30.
Será distribuído um estudo completo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) sobre os impostos arrecadados. O IBPT é parceiro da ACSP e seus dados abastecem o Impostômetro.
Em 2012, o valor de R$ 1 trilhão foi alcançado no dia 29/8, o que revela aumento da carga tributária de um ano para outro. Este é o sexto ano consecutivo que o Impostômetro chega a esta marca. No último dia de 2013, ele deverá registrar R$ 1,62 trilhão.
“A carga é muito alta, mesmo com todas as desonerações, com a queda da atividade econômica. Esperávamos que esse valor fosse alcançado um pouco depois do que esta data”, avalia o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato. Para ele, são necessárias mudanças. “Isso chegou no limite do tolerável. As demandas estão aí, as ruas mostraram isso. É preciso fazer gestão, simplificar, tirar esse peso enorme e transferir isso para bons serviços, bom atendimento”.

Dados relativos a R$ 1 trilhão

Do R$ 1 trilhão, o tributo de maior arrecadação é o ICMS, com 20,66% do total, seguido da contribuição previdenciária para o INSS com 18,02%, do Imposto de Renda com 17,17% e da COFINS com 10,84%.
A média de arrecadação diária totaliza R$ 4,72 bilhões, sendo que por segundo é arrecadado o valor de R$ 54.633,48.
Até 27/8, cada brasileiro já terá pago R$ 5.117,86 em tributos. Até o final do ano, cada brasileiro terá desembolsado aproximadamente R$ 8.202,00.

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Arrecadação por região

A Região Sudeste concentra 63,52% de toda a arrecadação, seguida da Região Sul com 13,41%, Região Centro-Oeste com 10,61%, Região Nordeste com 9,07%, e Região Norte com 3,39%.
São Paulo é o estado com maior arrecadação, com 37,58%, seguido do Rio de Janeiro com 16,17%, Minas Gerais com 6,98%, Distrito Federal com 6,92%, Paraná com 5,38% e Rio Grande do Sul com 4,91%. Os estados com menor arrecadação são Acre com 0,12% do total, Amapá com 0,11%, e Roraima com 0,09%.

Imposto na nota

A ação no dia 27/8 também vai lembrar que os consumidores já podem visualizar, nas notas fiscais, o valor dos impostos embutidos nos produtos, conforme a Lei De Olho no Imposto (Lei n. 12.741/2012), que entrou em vigor no dia 10 de junho e é uma conquista do Movimento das ACs.
No local, haverá um balcão com uma cesta de produtos e serão distribuídas aos consumidores as notas fiscais referentes, com os impostos destacados. Também estará estacionado o Caminhão do Impostômetro. Dentro do veículo, o visitante poderá selecionar produtos em telas touch screen e visualizar as notas fiscais com os impostos.
O Caminhão passou por seis cidades do interior paulista (Mogi das Cruzes, São José dos Campos, Campinas, São Carlos, Sorocaba e Santos), entre 19 e 26 de agosto. Circulou pelas principais ruas dos municípios e estacionou em praças nas regiões centrais, mostrando aos moradores o quanto pagam em impostos.

O Impostômetro

Localizado na Rua Boa Vista, centro da capital paulista, o Impostômetro foi inaugurado em 2005 para conscientizar os cidadãos sobre a alta carga tributária e estimular que eles cobrem por serviços públicos de qualidade. Foi uma das primeiras conquistas da campanha De Olho no Imposto, dentro do Movimento das ACs. Pelo portal www.impostometro.com.br é possível pesquisar valores arrecadados em diferentes períodos e fazer outros tipos de consultas – por exemplo: o que dá para fazer com o dinheiro (quantas casas populares podem ser construídas, quantos professores do ensino fundamental podem ser contratados etc).

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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