Leondenis Vendramim

Ideologia do gênero – 3

20/10/2017

Ideologia do gênero – 3

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Dentre os movimentos cujos objetivos são similares, citamos o MBL (Movimento Brasil Livre). Surgiu em novembro de 2014 para pedir o impeachment da, então, presidente Dilma Rousseff, portanto, é um movimento político, que assumiu o liberalismo e o republicanismo. O MBL teve seu nascedouro nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, por Kim Patroca Kataguiri (1996-) um ativista político, conferencista, ex-colunista da Folha de S. Paulo e Fernando Bispo Silva, conhecido como Fernando Holiday, vereador em S. Paulo pelo DEM, homossexual e negro, tratados como “estrelas” do MBL. Apareceram ao final de 2014 com a organização de duas manifestações nos estados brasileiros citados. Nos dias 15 de março e 12 de abril de 2015, convocaram e reuniram em torno 2.400.000 pessoas em apoio às investigações da Operação Lava Jato e por mais liberdade de imprensa. Em 2016, combinou forças com as bancadas evangélica e ruralista do Congresso por uma agenda de Estado mínimo, reforma trabalhista, ajuste fiscal e redução da maioridade penal. Com sede nacional em São Paulo, o movimento realiza frequentes protestos e ações políticas em todo país e a fim de auxiliar o governo na promoção de estratégias impopulares relacionadas às reformas trabalhistas e previdenciárias. Por fim, em 24 de abril de 2015 empreenderam uma corajosa marcha de São Paulo até Brasília (1175 km) a pé, pleiteando o impeachment de Dilma Rousseff. A chamada de “Marcha pela Liberdade” teve a duração de 33 dias, chegando a Brasília em 27 de maio. No Congresso Nacional, ingressaram com o pedido de impeachment.

O movimento tem como objetivos: liberdade de imprensa, livre mercado, separação e liberdade dos poderes, eleições livres, fim dos subsídios para ditaduras, escolas livres, liberdade de expressão.

No campo da educação pleiteiam a “Escola Sem Partido”, a legalização do ensino domiciliar, a redução dos impostos sobre as escolas privadas e eliminação do ensino universitário gratuito para a classe média alta. Neste campo, o quesito da Escola sem partido, é bom que se saiba, que os professores não poderão falar em política, nem em religião. Como o professor de economia não abordar os métodos da economia e sua historicidade? Como não falar nos grandes movimentos da Reforma e Contra Religiosa e suas influências na vida hodierna? Como não abordar os movimentos religiosos contemporâneos, o islamismo, o catolicismo, o protestantismo? Como não falar de Cristo, cuja importância é tamanha que dividiu a história nas duas eras: antes e depois de Cristo? Não falar do judaísmo e sua influência na “colonização” e descobertas, seria mutilar a própria história do Brasil desde a vinda de Cabral. Todo ser humano é político e religioso, ainda que ateu. Não há como o líder dentre os alunos não expressar seus ideais. Cabe aos alunos escolher no que, e em quem crer. Eles devem ser educados para serem seres pensantes, críticos, livres e criativos.

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Essas “liberdades” são características dos movimentos marxistas. Esses movimentos lutam pelas “liberdades” que convergem na extinção da autoridade paterna e materna da família e diriam com Marx: “A família é perversa precisamos acabar com ela”!

Esses movimentos alteiam a voz contra o racismo, contra o bullying e contra a censura, apelam pelos seus direitos, mas censuram e lutam para impedir que seus contrários exponham seus argumentos. Ninguém pode ser favorável a essas excrecências pustulentas sem ferir os direitos alheios

São esses mesmos postulantes do MBL, que estrebucharam para que não fossem (mas foi) aprovados ensinos religiosos nas escolas, e proibir que se falasse na teoria do criacionismo, que querem liberdade para falar na teoria evolucionista. Ambas são teorias, não ciências. Por que liberdade para uma e constrangimento para outra? Na UNICAMP, no ano passado doutores (arqueólogo, biólogo, geólogo e historiador), foram impedidos de lecionarem naquela Universidade porque exporiam a teoria criacionista aos alunos. Onde está a Escola Livre? Livre para quem? Estamos entrando num tempo no qual a liberdade será não só restringida, mas eliminada para aqueles considerados fundamentalistas por sua escolha política ou religiosa!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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