17/10/2015
Horário de verão começa neste domingo
Moradores de 11 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste mais o Distrito Federal devem adiantar os relógios em uma hora; governo estima economia de R$ 7 bilhões
NACIONAL – Começa à zero hora deste domingo, 18, o horário de verão. Moradores de 11 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste mais o Distrito Federal devem adiantar os relógios em uma hora. Serão 126 dias mais longos, assim como no ano passado, com término à meia-noite do dia 21 de fevereiro de 2016. Com a medida, o governo federal estima que irá economizar cerca de R$ 7 bilhões.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o valor diz respeito aos investimentos que precisariam ser feitos no sistema elétrico caso a mudança de horário não fosse adotada, atendendo a uma demanda adicional de 2,6 mil megawatts (MW). Somente na área de atuação da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Paulista), que consiste em 234 cidades, incluindo Capivari e Rafard, a redução no consumo de energia elétrica é estimada em 0,5%.
De acordo com a companhia, essa economia conquistada por meio do melhor aproveitamento da luz natural alcançará 66.457 MWh, volume suficiente para atender uma cidade do porte de Campinas, com 1,1 milhão de habitantes, durante sete dias. Ou Bauru por 27 dias, Ribeirão Preto por 14 dias, São José do Rio Preto por 22 dias. No período de pico, há uma expectativa de redução de 3,4% na demanda de energia.
Adaptação
Apesar de conviver rotineiramente com a medida desde 1985, boa parte da população ainda sente os efeitos da mudança do horário de verão. De acordo com o neurologista Shigueo Yonekura, especialista em sono pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a mudança pode provocar desequilíbrio no relógio biológico de algumas pessoas.
“A adaptação costuma levar de três a sete dias”, afirma Yonekura. Segundo o neurologista, o horário de verão pode causar sonolência, cansaço, dor de cabeça, irritabilidade e falta de atenção. “O cérebro segue o ritmo do relógio biológico, que está organizado em um ciclo de 24 horas. A mudança desse padrão desregula o sono e o repouso que ele proporciona”, explica o especialista.
Segundo Yonekura, para tentar driblar a situação, a adaptação deve começar alguns dias antes da mudança, como dormir mais cedo gradualmente. Desde que realizados com moderação e até duas horas antes de dormir, exercícios físicos também são aliados do sono. Quanto à alimentação, a dica é evitar alimentos pesados à noite, além de café, chá preto, refrigerante, chocolate e demais produtos que contenham cafeína.
Outra orientação antes de dormir é tomar um banho morno e não levar problemas e preocupações para a cama. O bom ambiente para o repouso envolve ainda local silencioso, escuro e arejado. Filmes ou programas de TV estimulantes devem ser evitados. “Prefira leitura e música calma para ajudar a embalar o sono.”
Plano de ação
A Defesa Civil de Capivari definiu um Plano de Ação Imediata (PAI) para o verão 2015/2016, que começa no dia 1º dezembro e vai até 31 de março, período com maior incidência de chuvas. O trabalho consiste em ações de prevenção e gerenciamento em casos de enchente e outros desastres naturais, como acompanhamento de índices pluviométricos, previsão meteorológica e vistorias de campo.
O diretor da Defesa Civil, Ricardo Lourenço de Souza, explica que a pasta trabalha com uma escala de monitoramento que passa por quatro níveis e cada um deles exige ações específicas: 1 estado de observação (até 80 mm, acompanhamento dos índices pluviométricos); 2 estado de atenção (a partir de 80,1 mm, vistoria de campo nas áreas anteriormente identificadas); 3 estado de alerta (após vistoria, remoção preventiva da população das áreas de risco); e 4 alerta máximo (remoção de toda a população que reside em áreas de risco indicadas por vistorias da Defesa Civil).
“O objetivo da Defesa Civil, em união com as diversas secretarias municipais e parceiros, é empregar, em atendimento ao PAI, todas as ações necessárias de combate às enchentes e outros danos eventualmente causados pelas intempéries”, afirma o prefeito Rodrigo Proença (PSDB). Em caso de emergência, a população pode ligar para a Defesa Civil (199 ou 3492-3186) ou para a Guarda Municipal (153 ou 3491-1311).
