José Miguel Bósio – na foto com a esposa Antonina Maria Fontolan Bósio – nasceu em Turim, Piemonte, Italia no ano de 1888, e a exemplo de muitas famílias de imigrantes italianos, seus pais Randolfo Bósio e Barberina Bianco, aportaram no Brasil, pelo Vapor Las Palmas em 03 de janeiro de 1893, quando ele tinha apenas 3 anos de idade, embalados como todos os pais de famílias, pelo sonho de aqui dar uma vida melhor para os seus.
Giuseppe Bósio – nome italiano original – foi jornalista redator de “O Comércio”, jornal lançado em março de 1909, além de outros jornais em Indaiatuba. Foi ainda maestro no Conservatório Carlos Gomes de Campinas, onde produziu muitas partituras musicais.
Casou-se com Antonina Maria Fontolan, nascida em 17 de outubro de 1891, em Capivari-SP, e tiveram 5 filhos: Adalgisa Norma, Fausto Olindo, Wally Eny, Leonora Cezira e Aída. Faleceu com 74 anos em 1963 na cidade de Capivari.
Tendo adotado Raffard como sua terra, em novembro de 1921 ele participou da fundação da Sociedade Recreativa Operária de Rafard, e aqui foi jornalista e fundador do jornal “O Progresso”, foi químico-chefe na Usina Rafard e músico.
José Miguel Bósio é merecedor das mais sinceras homenagens, pois foi sem dúvida, um homem à frente de seu tempo, dotado de ideias brilhantes, grandiosas e geniais ao qual nós da cidade Coração muito devemos, pois através de seu jornal “O Progresso” o nome da nossa cidade foi alçado e levado a lugares nos quais nunca se tinham ouvido falar antes.
Por sugestão do Sr. Denizart Fonseca, historiador e profundo conhecedor da vida social e política de nossa cidade desde os primórdios, e com a qual concordamos, o jornalista José Miguel Bósio, merecia ter um busto na Praça da nossa cidade, para ter uma justa homenagem na exata medida da contribuição que deu não só à cidade Coração, mas também a outras cidades da nossa região com seu jornalismo.
Penso que os nomes de personagens de saber ímpar, como o do nosso homenageado, deveria ser, se ainda não o foi, objeto de pesquisas pelos alunos das escolas, para aprimoramento de seus conhecimentos sobre aqueles que com suas ideias altruístas, contribuíram com a vida social e política de nossa cidade, e que hoje encontram-se esquecidos nas páginas amareladas da nossa história, ainda mais numa época em que vemos nossos jovens tão carentes de referências, como esta que vivenciamos.
COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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Parabéns ao jornalista Rubinho de Souza. Hoje, infelizmente, pouco sabemos de nossos antepassados e principalmente dos que prestaram relevantes serviços à comunidade. Devem ser reverenciados e conhecidos pela nova geração de moradores da cidade Coração.
Um honra se isso acontecesse. Sou bisneto de José Miguel Bósio, acho que herdei um pouco dele, sou jornalista, radialista e músico. Minha mãe, neta do querido ” Nono” tem muitas histórias para contar sobre a ilustre personagem.