Na solidão de meus dias
nas catarses das horas vazias
desfiz meus sonhos, minhas dores
meus sonhos, minhas fantasias
minhas psiquês emocionais
meus acertos, meus erros
e meus enganos existenciais.
Você levou meu sol quando se foi
agora invejo o vento que te vê e te acaricia
bem que ele poderia me levar à tua presença
ou plasmar tua imagem, tão real, tão intensa;
não é o que deixamos para trás que me destrói
é o que poderíamos ter construído (se ficássemos)
os tijolos se corroem de tanto esperar nossos projetos
nos desvãos, só ervas nocivas e daninhas
nem um flor, uma florzinha sequer…