Não estou satisfeito com a qualidade do jogo praticado aqui no Brasil. Podemos mais. Temos recursos para apresentar um produto melhor.
Porém tenho que admitir que ano após ano a evolução está acontecendo. Não na velocidade que eu gostaria. Mas já dá para ver um futebol mais bem jogado nos principais campos do país.
Tomando como parâmetro a primeira divisão do Campeonato Brasileiro que teve agora a sua primeira metade encerrada fiquei muito satisfeito com a organização das vinte equipes tanto para atacar e defender como para realizar as transições.
Tivemos grandes partidas envolvendo tanto as equipes que brigam pelas primeiras posições como as que lutam para não cair.
E estamos falando de um ambiente extremamente caótico, com calendário insano, longas viagens, cobranças por resultados a qualquer custo e trocas constantes de treinador.
Sem falar que 2022 é mais um ano atípico, não só ainda pelas sequelas do famigerado coronavírus, mas também porque teremos Copa do Mundo em novembro.
É justo colocar que os melhores jogadores brasileiros atuam fora do país. Porém os que jogam aqui também são muito bons tecnicamente.
É comum ouvirmos isso de técnicos estrangeiros que vem trabalhar aqui. E por falar em técnicos, vivemos um momento muito interessante não só pelo intercâmbio de ideias e metodologias de quem vem de fora, mas também por uma preparação melhor dos profissionais brasileiros.
Sempre coloco em minhas tribunas que a Copa do Mundo de 2014 foi um marco em minha carreira como jornalista esportivo.
Ali todos nós perdemos de 7 a 1: imprensa, dirigentes, técnicos, jogadores e etc. Não foi só o grupo comandado pelo técnico Luis Felipe Scolari.
A partir daquela pancada passei a estudar mais o jogo porque entendi que todos nós da indústria tínhamos que evoluir.
Desde então passei a ser mais crítico com tudo. E não seria honesto não pontuar quando percebo evolução.
Temos potencial para sermos uma das principais ligas do mundo. Sei que para isso muita coisa ainda tem que acontecer dentro e fora de campo. Todavia, pouco a pouco, estamos caminhando…há luz no fim do túnel!