03/10/2014
Greve dos bancários fecha quatro agências em Capivari e uma Rafard
Bancos em todos os estados paralisaram atendimento por tempo indeterminado; caixas eletrônicos funcionam normalmente
CAPIVARI E RAFARD – Os bancários de bancos públicos e privados de todos os estados entraram no quarto dia de greve nesta sexta-feira, 3. A paralisação por tempo indeterminado atingiu 14 cidades na base do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região até a manhã de ontem, fechando 101 pontos de atendimento desde o primeiro dia da greve nacional, iniciada em 30 de setembro. Em todo o Brasil, já são 7.673 agências e centros administrativos fechados.
Em Capivari, quatro agências aderiram à greve: Caixa Econômica Federal, Santander e as duas do Banco do Brasil. O banco Santander de Rafard também paralisou os atendimentos. Os caixas eletrônicos funcionam normalmente. “Esse avanço mostra o quanto os bancários estão descontentes, cansados das pressões por cumprimentos de metas, as quais levaram essas instituições a obter lucros recordes neste ano”, destaca a presidente do sindicato, Angela Ulices Savian.
Segundo ela, as seis maiores instituições financeiras do país lucraram R$ 56,7 bilhões em 2013 e R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Contraf-CUT. “Esses lucros recordes são resultados do aumento de produtividade dos trabalhadores. Eles podem e devem atender nossas reivindicações. A luta continuará e se não houver proposta favorável vamos ampliar ainda mais”, acrescenta.
Reivindicações
Conforme informações do sindicato, a greve reivindica reajuste salarial de 12,5%, pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), piso salarial de R$ 2.979,25, vales alimentação e refeição, além de 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá no valor de R$ 724. Eles pedem ainda melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral, fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, fim da rotatividade e combate às terceirizações.
Ainda de acordo com o sindicato, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real) e os 7,5% do piso para 8% (1,55% de aumento real). Os valores foram recusados por unanimidade em assembleia na segunda-feira, 29.