23/09/2016
Greve dos bancários atrapalha candidatos nas eleições municipais
Candidatos não conseguem cumprir compromissos financeiros com fornecedores devido a falta de cheque da conta eleitoral de campanhaELEIÇÕES 2016 | A greve dos bancários continua nas cidades da região de Piracicaba. A paralização começou no dia 6 de setembro e ainda não tem data para terminar. A categoria e os bancos ainda não chegaram a um acordo.
Segundo o Sindicato dos Bancários de Piracicaba (SindBan), a última rodada de negociação aconteceu no dia 15 de setembro, onde não houve acordo de reajuste salarial exigido pelos bancários.
Portanto, a greve segue e está causando transtornos, não só aos correntistas de modo geral, mas também aos candidatos que concorrem nas Eleições Municipais. Devido a paralização, muitos candidatos não conseguiram emitir talão de cheque das contas bancárias eleitorais. Alguns chegaram até a perder os prazos de abertura das contas.
A abertura de conta bancária e emissão de talão de cheque são obrigatórias pela Lei Eleitoral aos candidatos que concorrem a um cargo, seja no Executivo ou Legislativo.
Em Capivari, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal – bancos públicos – aderiram à greve. Sem conseguir os talões de cheque, os candidatos estão encontrando dificuldades para pagar suas despesas de campanha.
De acordo com o Cartório Eleitoral de Capivari, a prestação de contas final dos candidatos deve ser feita até o dia 6 de novembro. Já os candidatos eleitos devem prestar contas antes desta data, pois serão avaliados pelo juiz eleitoral.
Questionado sobre o problema com a greve dos bancos, o chefe do Cartório Eleitoral de Capivari, José Reinaldo de Faria, informou que não está apto a qualquer interferência e orienta que os candidatos continuem a insistir com as agências. “Todas as despesas de campanha devem ser pagas com a emissão do cheque e as contas dos candidatos devem ser encerradas antes da prestação de contas final”, explica.
Alguns candidatos cogitam entrar com um pedido de liminar contra os bancos.