Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Gratidão, quase sempre tememos manifestar ou tardamos

Agradecer não será tão somente problema de palavras brilhantes; é sentir a grandeza dos gestos, a luz dos benefícios, a generosidade da confiança e corresponder, espontaneamente, estendendo aos outros os tesouros da vida. Emmanuel (Chico Xavier) – Pão Nosso – FEB

Mudar é necessário, e ter coragem, muito mais. Lembro aqui aqueles que estiveram comigo como pais e sogros e com os quais eu deixei passar muitas oportunidades de manifestar minha gratidão e amor, por tudo o que me fizeram, e fazem agora na vida espiritual, porque entendo (diferentemente da maioria cristã) que não os perdi, e sim que ganhei novos benfeitores, porque continuo amando-os e eles por certo, com nova iluminação, me compreendendo mais.

As estações mudam, o século avança e eu estou um pouco mais experiente, mas ainda não sábio, não generoso, nem carrego sempre o sentimento da gratidão, mas conservo o desejo de viver cada dia dando o máximo de mim, distribuindo uma faísca de amor, pois agora compreendo que é dando que se recebe – essa afirmação de São Francisco é da Lei Divina, que registra na consciência de cada um que a promove.

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A escritora Bruna Estrela, em um texto falando sobre fé e gratidão, assim exemplifica o desenvolvimento desses sentimentos em nós:

“Você passa a acreditar em Deus e aprende como orar. Na primeira doença do seu filho, você, quase como instinto, dobra os joelhos e pede a Deus que olhe por ele.

E assim, seu filho te ensina sobre fé e gratidão como nenhum padre/pastor/líder religioso jamais foi capaz”.

Podemos orar por quem nos pede preces: para si mesmo, para seus familiares doentes ou para aqueles que deixaram o corpo pelo fenômeno da morte.

Porém, a maior prece é aquela feita por aqueles que amam – só precisamos descobrir nosso potencial de exteriorizar as vibrações em favor daqueles que estão mais perto.

Muitos não entendem porque sentem tamanha admiração pela namorada(o), noiva(o), esposa(o), filhos, pais, irmãos ou amigos, sentindo uma atração quase irresistível. É que em sua bondade o Pai Criador estabeleceu como que uma hipnose ou cirurgia do esquecimento temporário de suas encarnações passadas, na nova vida física, para que nós os amemos um pouco mais e desenvolvamos novos talentos.

Devemos procurar aceitar sempre as coisas boas com louvor e gratidão, e as negativas, com resignação.

Porque os pulmões apertam quando o orgulho do ressentimento escraviza, e nossa máquina, que trabalha silenciosamente sem nada nos cobrar, pode ter seu coração enfartado quando chega a ingratidão, por nossa incompreensão, ou a pressão arterial disparada quando o medo aprisiona, pela falta de nossa fé.

Agradeçamos em tudo a Deus e vivamos com simplicidade, dizendo: “Venha a nós o Seu reino de luz em forma de conhecimento e de amor, que é a caridade fraterna”.

A mente aberta e o espírito de gratidão são essenciais ao triunfo.

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