10/03/2017
Fundações Municipais Paulistas
ARTIGO | Por motivos técnicos, mudamos o título deste trabalho, o que não vai modificar o seu texto e assim, estamos seguindo o capítulo anterior.
Artigo II – O Presidente em Conselho lhes marcará distritos, e dará todas as demais providências para a sua ereção, e para a criação das autoridades, justiça e empregados próprios das Vilas.
Artigo III – Ficam revogadas as disposições em contrário. – José de Lima Coutinho, do Conselho do mesmo Imperador e Ministro e Secretário dos Negócios do Império assim o tenha entendido e o faça executar. Palácio do Rio de Janeiro, 10 de julho de 1832, 11º. Da Independência e do Império. aa) Francisco de Lima e Silva – José da Costa Carvalho –João Braulio Muniz – José Lino Coutinho.” O decreto emancipador alvoroçou os ânimos dos blocos políticos e agitou por muito tempo a vida da Freguesia. O Capitão Corrêa Leite, que se encontrava em seu sítio. Nas divisas com o novo município, transladou-se para Capivari, instalando-se com “casa de morada” e declarando pertencer a esta Vila e não à do Porto, onde era eleitor e vereador. Aliciando os seus simpatizantes portofelicences radicados no lugar, preparou-se para o pleito eleitoral de onde deveriam sair a primeira Câmara capivariana e as demais autoridades municipais.
Com o era Capitão das Ordenanças e tinha, em consequência deste posto; a faculdade de recrutar os moços para o serviço do Exército, começou a atrair os chefes de família para as suas hostes, prometendo-lhes isentar os filhos, sobrinhos ou parentes, do recrutamento militar, desde que os apoiassem nas urnas, com os seus votos. Neste sentido fez várias propostas, entre outras, a Manoel Ferraz de Sampaio, apatacado fazendeiro no município e fervoroso adepto da corrente ituana.
A 7 de Setembro de 1832, sob a presidência de Antonio Ferraz de Arruda, da Câmara Municipal de Porto Feliz, e em casa do próprio Capitão Corrêa Leite, designada para esse ato, feriu-se o disputado pleito e a mesa paroquial, que dirigia os trabalhos, ficara assim constituída: Escrutinadores – Sargento-Mór Felisberto da Costa Guimarães e Capitão José Corrêa Leite. Secretários – Capitão Manoel José de Almeida Leme e Camilo de Campos e Almeida.
A facção chefiada por Antonio Pires, contudo, dada a sua esmagadora maioria, venceu sem dificuldade as eleições, saindo eleitas as seguintes autoridades. (Seguem aí os nomes dos vereadores e Juízes que por elevado número deixamos de citar.) O partido do Capitão Corrêa só conseguira eleger um vereador – o ajudante José Ferraz de Arruda, e o 3º. Suplente de Juiz de Paz, ele próprio. Em face de semelhante resultado, desinteressaram-se os políticos portofelicences, ligados ao Capitão Corrêa, da instalação do novo Município e Capivari por meses a fio, teve a sua autonomia e as suas autoridades apenas no papel.
Além do lado político, que lhes era desfavorável, havia ainda, para os portofelicences, a situação de seus cartórios, do Juízo Municipal e de órfãos, onde corriam os inventários, arrolamentos e processos contenciosos, originários de Capivari, e ao qual deveriam ser devolvidos, uma vez instalado o município. Vencido, afinal, o cipoal burocrático, superadas as decidias, os entraves, as protelações, marcou-se o grande dia da libertação; e, a 25 de Julho de 1833, precisamente um ano depois da promulgação do decreto de 10 de Julho, o Presidente da Câmara de Porto Feliz, Joaquim Corrêa Leite, veio a Capivari dar posse a Câmara eleita no ano anterior e em casa do Juiz de Paz em exercício, Estanislau de Campos Arruda, perante grande assistência, realizou-se a solenidade, pormenorizadamente descrita no Auto de Instalação, que segue. (segue)
Cidadania
Agradecemos aos nossos prezados vizinhos, pelo apoio à campanha de limpeza da cidade, cortando o matagal que havia em uma das calçadas da nossa residência, lição à Prefeitura, responsável por esse trabalho. Alô Departamento de Limpeza da cidade, acorda!
