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Fossa é consertada após dois meses transbordando

17/04/2015

Fossa é consertada após dois meses transbordando

Esgoto estava transbordando no bairro Sete Fogões; serviço de limpeza custou menos de R$ 8 mil aos cofres públicos e encheu dois caminhões
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Clique na imagem para visualizar em tamanho maior (Fotos: Laila Braghero/O Semanário/Divulgação/Prefeitura de Rafard)

RAFARD – Uma fossa que estava transbordando há dois meses no bairro Sete Fogões, no fim da rua conhecida pelos moradores como Beira Rio, próximo a um campinho de futebol, foi consertada na última quarta-feira, 15. A Prefeitura liberou a execução do serviço no local – que custou menos de R$ 8 mil aos cofres públicos – dois dias depois que a reportagem do jornal O Semanário foi até lá conferir o que estava acontecendo.

Segundo o governo municipal, a fossa estava entupida. Foram necessárias duas viagens com um caminhão para retirar todo o esgoto em excesso. Quando procurada logo no início da semana para saber o motivo de o problema ainda não ter sido resolvido, a Prefeitura disse que estava aguardando o orçamento de uma terceira empresa, que estava previsto para chegar na terça-feira, 14.

“Estamos contratando uma empresa terceirizada para verificar o porquê das condições atuais do esgoto e tomar as devidas providências no local. No entanto, precisamos cumprir a legalidade dos procedimentos internos de contratação para dar uma solução ao caso. Isso, muitas vezes, é um tanto burocrático por conta dos prazos legais e tempo despendido das empresas que participarão da concorrência”, informou.

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(Foto: Laila Braghero/O Semanário)
Fossa no bairro Sete Fogões transbordou e esgoto estava a céu aberto há dois meses, segundo morador (Foto: Laila Braghero/O Semanário)

Enquanto isso, os moradores do bairro Sete Fogões conviviam com um odor forte que invadia as casas, lembrando a todo o momento do esgoto a céu aberto que dominava o quintal. O profissional de serviços gerais Valdionor Costa dos Santos, mais conhecido como Tucha, de 46 anos, era um dos que mais sofria com a situação. Sua casa é a penúltima da rua sem nome, ao lado de outra que ele aluga para uma mulher.

“Ela falou que vai até embora. Não consegue ficar aqui. Ela mora sozinha. Já na minha casa moram cinco: eu, minha mulher e meus três filhos”, conta. Santos disse que já havia ligado na Vigilância Sanitária e até conversado com o vice-prefeito Carlos Roberto Bueno (PPS). “Estou reclamando disso na Prefeitura desde o mês retrasado. Eu falo direto. E eles falam que vão trazer um caminhão para limpar, e nada.”

“O vice veio aqui e falou que eu podia ficar sossegado que ele ia mandar um carro na segunda-feira, que é hoje. Disse que vinha podar as árvores, também, roçar o terreno, e nada. Daí eu liguei hoje lá de novo”, detalha o morador. “Eu acho esse negócio aí fedorento. Mas, a gente nem chega muito perto. A gente toma cuidado”, acrescenta o filho de Tucha, Eric Carvalho dos Santos, de 12 anos. “É um absurdo o esgoto daqui. Ninguém vem ver. Já reclamamos, já fizemos de tudo”, completa o primo de Santos, o servente José Luiz Silva Costa, de 24 anos.

(Foto: Laila Braghero/O Semanário)
‘Eu acho esse negócio aí fedorento’, diz Eric Carvalho dos Santos, de 12 anos, sobre a fossa no bairro Sete Fogões (Foto: Laila Braghero/O Semanário)

Depois da limpeza, Valdionor Costa dos Santos entrou em contato com o jornal O Semanário novamente, na quinta-feira, 16, para relatar que a Prefeitura havia iniciado também a poda das árvores no entorno da fossa séptica, além da roçada do terreno. Os serviços foram concluídos no mesmo dia, segundo o morador. “Agora está tudo limpo de novo”, diz, em tom satisfeito.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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