O caminho lento pelo campo santo nos traz à memória tanta gente querida que por aqui já cumpriu sua missão e partiu deixando saudades. Pessoas com quem convivemos, assistimos e aplaudimos a contribuição dada à humanidade.
Cada um no seu modo. Uns menores, outros maiores, mas dando a sua parcela por um mundo melhor. Ali, estão verdadeiros heróis, pais que criaram seus filhos com dificuldades, mas com muito amor, entregando-os abrangência e que hoje são lembrados como líderes municipais, nacionais e até mundiais.
Acima de tudo ali estão pessoas que amamos e que nos amaram, muitas vezes até de forma incompreensível, pois cada um tem seu jeito de amar e de revelar esse amor.
Nessa lenta caminhada vemos jazigos mais sofisticados, outros mais simples e até um terreno apenas sem túmulo em cima, mas sob todos paira a lembrança, a saudade imorredoura, o desejo do reencontro.
E nossas mentes se povoam de boas lembranças, de doces momentos, de feliz convivência com nossos antepassados, curtindo uma saudade doída, mas gostosa, pois a gente só sente saudade de quem a gente ama.
Restam-nos cabisbaixos em frente ao jazigo dos nossos mais próximos, orar para que Deus os proteja na eternidade, esperando que quando para lá formos possamos reencontrar essa gente tão querida.
Dia de Finados, dia de encontrar em pensamento nossos parentes e amigos, agradecendo a Deus pela oportunidade de ter convivido com eles.
Se este é o inevitável destino de todos nós, lembremos que para lá vamos despidos de cargos, valores, patrimônio, orgulho, para cumprir a divina profecia: “Tu és pó e ao pó um dia há de tornar”.