Por Leondenis Vendramim
Professor de Filosofia, Ética e História
Muito se fala a respeito do Universo. Ao olharmos para o espetáculo proporcionado pelo pôr do Sol e o seu ocaso, ou contemplando o maravilhoso céu enluarado e ou como veludo escuro cheio de brilhantes fulgurosos, ficamos extasiados pelo espetáculo romantizado. Hoje quero escrever sobre outro aspecto, mais científico, que nos fala da onisciência, poder e amor de Deus para manter a vida de Suas criaturas. As adequações tão intrincadas com que o Criador preparou este Universo para que houvesse condições de vivermos. Este é um tema para livros, e os há muitos deles, nas esferas da biologia, física, astronomia, cosmologia, filosofia e outras.
Os astrônomos estimavam, no tempo de Tycho Brahe (1546-1601), que havia mais ou menos 3 milhões de estrelas. Hoje, na era espacial, com laboratórios e satélites como o Huble, o Soho e outros, os cientistas chegaram à mesma conclusão bíblica de que as estrelas são incontáveis (Gn 15:5; 22:17). Há no Universo, estrelas e planetas entre outros corpos. As estrelas, como o Sol, fornecem luz e calor aos planetas e satélites. Esses corpos espaciais estão agrupados em galáxias. A galáxia em que se situa a terra chama-se Via Láctea (via leitosa) é enorme, em forma de disco, alcança 100.000 anos luz de um ponto ao outro oposto. O Sol leva cerca de 250 milhões de anos para dar 1 volta em torno da Galaxia numa velocidade de 806.400 km/h, corresponde a 9.461.000.000.000 km vezes 250.000.000). Na Via Láctea há cerca de 100 bilhões de estrelas semelhantes ao Sol. Algumas são avermelhadas e mais frias, as azuladas são mais quentes (veja 1 Cor 15:41). O Sol dista em média 150 milhões de km da Terra. Se fosse possível uma viagem ininterrupta de avião ao Sol, a 1100 km/h, levaria 19 anos. No núcleo do Sol a temperatura chega a 15 milhões de graus, na superfície 5500 graus e na coroa (2000 a 10 milhões de km acima da superfície) atinge 20 milhões de graus. Nem os cientistas sabem o porquê a coroa é tão mais quente. Toda essa energia produzida pelos átomos! A maravilha da criação para o nosso benefício.
Entre os planetas, a Terra tem um diâmetro de 12.756 km, Júpiter 142.984 km, o Sol tem 1.400.000 vezes maior que a Terra; Antares é 800 vezes maior do que o Sol e Betelgeuse é 1.180 vezes o Sol. Os cientistas dizem que os planetas e estrelas estão se expandindo; os planetas girando em torno dos sois e os satélites em torno dos planetas. A força da gravidade mantém a coesão dos corpos celestes. É impressionante o número de galáxias, fala-se em 100 bilhões. Estimam-se em 70 sextilhões (7 seguidos de 22 zeros) de estrelas no Universo, contudo, ainda há muito espaço vazio. Qual é o tamanho do Universo? Alguns cientistas dizem existir um conjunto de universos chamado pluriuniverso (apenas conjetura). S. Paulo fala em terceiro céu (2Cor 12:2). Os teólogos dizem ser o céu atmosférico, o sideral (das estrelas), e o divino (habitação de Deus e dos seres celestiais). Perdemos a noção do tamanho espacial!
Nas últimas 3 décadas os cosmólogos tem concordado que o universo foi “feito sob medida”, com todas as condições para que haja vida, o que torna difícil a teoria do aparecimento ocasional ou por pura sorte. De acordo com o físico Freeman Dyson, se a distância entre as estrelas fosse 10 vezes menor provocaria desastrosos efeitos para a vida na Terra. Se o Sol estivesse 5% mais perto da Terra morreríamos queimados, 1% mais longe não haveria vida. A órbita da Terra está no local exato para termos a temperatura adequada à vida. O carbono, 4º elemento mais comum no Universo, é essencial para os organismos vivos, vitais para o DNA, estão nas proteínas, carboidratos e gorduras. É formado pela exata combinação de núcleos de 1 átomo de berílio com 2 de hélio; sem essa exatidão não teríamos o carbono. A combinação de 1núcleo de hélio e 1 de carbono forma o oxigênio. O astrônomo John Barrow diz que esse fenômeno é “quase miraculoso”, pois se houvesse uma ressonância de 4% mais baixo do carbono ou 1% mais alto do oxigênio não haveria carbono. O cientista ateu Hoyle disse: “A interpretação dos fatos baseada no bom senso sugere que alguma inteligência superior se intrometeu com a física, a química e a biologia, de maneira que não vale a pena falar em forças cegas agindo na natureza… parece tão convincentes… sem a possibilidade de questionamento” Universe: past and present reflections, p. 45. Os cosmólogos John Gribbin e Martin Rees impressionados afirmaram: “Não há evidência melhor para apoiar o argumento de que o Universo foi projetado para o nosso benefício, ou seja, feito sob medida para o homem.” A Ciência descobre Deus, p. 59. Outra evidência de que há um Criador é o fato de que, se a força nuclear forte que mantém juntas as partes do núcleo fosse 2% mais forte não haveria hidrogênio, Sol, água, nem vida; fosse 5% mais fraca só haveria hidrogênio, nada mais. A força nuclear fraca controla a radioatividade do átomo. Caso ela fosse um pouco mais forte não haveria hélio, ou levemente mais fraca e não haveria hidrogênio. A força eletromagnética controla a mudança química dos átomos. Se ela fosse um pouco mais forte o Sol seria frio e vermelho, fosse mais fraca o Sol seria azul e muito quente e de vida curta. A gravidade mantém os corpos celestes juntos. Há uma relação precisa entre as forças eletromagnética e a gravidade. Se houvesse pequena variação, seria desastroso para as estrelas e para o Sol.
Não nos impressiona a grandiosidade do Criador desse Universo! A Sua sabedoria, as adequações tão minuciosas para que tivéssemos vida? O Seu amor pelo belo e pela humanidade a fim de pudéssemos admirar Suas obras? Diz o Salmista: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite!” Sl 19:1-2. “Ó Senhor, quão variadas são as Tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria: cheia está a Terra das Tuas riquezas” Sl 104:24.
