Um dos meus alunos do curso de jornalismo e propaganda fez um trabalho sobre Filosofia “O Ser E O Nada”. Corriqueiramente tem surgido nos jornais artigos defendendo o nada. Físicos falam do nada. É uma interrogação antiga, desde Tales (séc 6 a.C.). Preocupou-me a conclusão do meu ex aluno: “O homem, diz ele, se encerra com a morte, nosso destino é, portanto, o nada… não há nada de tão concreto quanto o nada… o nada é o que existe de mais substancial quanto ao fim comum do ser humano. Elevamos o coração a um ‘deus’ que não mais existe … ao negar a Deus faço-o fervorosamente… o nada é a resposta pela própria vida”. E cita alguns filósofos: Voltaire, Feuerbach, Nietzsche, Schopenhauer, Bakunin, Camus e outros.
Este assunto merece abordagem mais detalhada do que num artigo de jornal de uma só lauda.
Somos livres e temos de respeitar as crenças dos demais pensantes. Dá-se aos filósofos o status de divinos sapientes inequívocos. Contudo, Platão e Descartes são contraditos pelos filósofos empiricistas John Lock e outros. Filosofia é a busca pela sabedoria; o filósofo é aquele que apesar de amar a sabedoria, busca por ela, não a possui. Filósofos são seres humanos, seus pensamentos são subjetivos, e como tais, acertam e erram.
Niilismo (palavra latina que denota estudos sobre o nada), é teoria, uma quimera. sem significado para o presente e com futuro sombrio, a morte. e o nada. Para os niilistas, Deus é apenas uma criação imaginária do homem ignorante, a religião é um mal, Deus é arbitrário. “Se deus existisse seria necessário aboli-lo”. “Niilismo é o nada e o nada é a resposta dada pela própria vida” disse o niilista Igor Padilha. Para ele a morte é o nada pós vida; o grande escopo da vida é a morte. A grande maioria dos niilistas teve uma vida amarga e consequente crença no nada, a desilusão e o suicídio. Vejamos alguns defensores da teoria niilista:
Nietzsche (1844-1900) órfão desde a infância, racista, abandonado pela noiva sofria horrível cefaléia, Morreu louco abraçado a um poste a procura do Deus que desprezou.
Camus (1913-1960) sofreu os horrores das guerras mundiais, crendo numa vida vazia, suicidou-se atirando o carro contra uma árvore.
Schopenhauer (1788-1860) cria que o real é cego e irracional, o desejo de viver é incompleto, irracional, é a raiz de todos os males, sofrimento e dor; um desejo satisfeito provoca outro, destruir a vontade de viver é o resumo de tudo que é moral.
Bakunin (1814-1876) ateísta por influência de Feuerbach, cria que o ser é destinado à morte.
Será que há conforto na teoria niilista? Há vantagem em abreviar a vida para chegar ao nada?
O cristianismo que eles combatem é o oposto. A filosofia cristã mostra que há um Deus que ensina através da natureza e da Bíblia que homem deve buscar nEle felicidade, saúde, vida e paz. “Muita paz têm os que amam Tua lei” Sl 119:165. “Amado, desejo que vá bem e tenhas saúde. (3 João,2. “Eu vim para que tenham vida e vida em abundância” João 10:10.
Seria injusto se a vida terminasse com o nada. Quantos, enriquecidos pela exploração do próximo, e quantos latrocidas morrem felizes chegam ao nada, e quantos morrem sofrendo injustiça pautando sua vida pela ética cristã, e têm como consequência o mesmo nada? Jesus ensina que haverá um dia de ressurreição (1 cor 15:51-55; 1 Tes 4:13-17), para que cada um receba conforme suas obras (João 5:28-29). É impossível que o Criador das orquídeas e demais flores com matizes e perfumes agradáveis, dos pássaros canoros, do espetáculo do pôr do Sol, da beleza e pureza das crianças, que ama o belo engane dizendo-Se fiel, e que não proporcione aos crentes nEle o paraíso prometido. Os niilistas realmente não têm paz, sua esperança é o nada. Os niilistas podem afirmar fervorosamente que Deus não existe, mas Ele afirma fervorosamente que Ele os ama. Os religiosos creem que Deus é real, participativo, que ouve os pedidos e os agradecimentos sinceros que lhe expressam. A ciência médica atual dizem que os doentes têm tido sensíveis melhoras com as orações.
Todos têm livre arbítrio para crer mais nos filósofos do que no Criador deles.