Embora haja passado o dia da páscoa, ainda é oportuno conhecermos o significado real da páscoa e sobre a tradição da comemoração com ovos de chocolate e coelhos. A história é bastante esclarecedora, tem muita influência na nossa vida e na religião, e é muito curiosa.
Entre as tribos bárbaras que invadiram o império romano no século 4 e 5 havia as tribos anglo saxônica e a germânica, que originaram a Inglaterra e Alemanha. Estas tribos adoravam uma deusa chamada, em inglês Easter, com as variantes Oaster e Oastera. O nome se origina do advérbio anglo-saxão ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”. Era a mesma deusa dos fenícios chamada Astarote, deusa do Sol e da fertilidade. Há algumas imagens dessa deusa: uma jovem nua, alada, pés com 3 dedos; uma jovem carregando um coelho tendo a figura do Sol ao lado; uma jovem parindo, e outras mais. Muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e Astenburg.
Easter estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos à Terra. Passado o inverno, vem a primavera no hemisfério norte em 22 de março, época que começava o plantio. Nessa ocasião invocavam a Easter; cultuavam e faziam muitas oferendas para que ela desse farta colheita, e nascessem crianças sadias e para que os seus seguidores ressuscitassem. Ofereciam, coelhos devido à sua fertilidade, ovos coloridos e até seres humanos. Em inglês hoje, páscoa é Easter e se oferecem coelhos e ovos de chocolate.
Em 325 o imperador pagão e idólatra Constantino (matou esposa e mãe a chutes e socos e ao seu sobrinho) convocou um concílio de líderes católicos em Nicéia e fez com que adotassem o domingo em lugar do sábado em honra ao deus Sol e a festa à deusa Easter em lugar da páscoa. Em 1582 o papa Gregório 13 oficializou essa páscoa em honra à ressurreição de Jesus, e comemoram no primeiro domingo após a lua cheia após o início da primavera, entre 22 de março e 25 de abril. Em Sta Catarina, na cidade de Pomerode descendentes de alemães ainda comemoram a páscoa com milhares de ovos coloridos amarrados em árvores.
Há muitas diferenças entre a festa pascoalina, altamente comercial com vendas de ovos e coelhos de chocolate e a festa bíblica dos judeus.
1- A bíblica era uma comemoração da manifestação do poder e amor de Deus para com judeus ao libertá-los da escravidão egípcia. Deus enviou 9 pragas sobre o Egito e como faraó insistia em não permitir que seu povo saísse livre, Deus anunciou a 10ª praga, a morte de todos os primogênitos. Porém para que os filhos mais velhos dentre os judeus não morressem Deus ordenou que no dia 14 do primeiro mês do ano (começa com a saída do povo do cativeiro) matassem um cordeiro macho de um ano, sem mancha e sem defeito e comesse de sua carne assada com pão sem fermento e ervas amargas, nem poderiam ter fermento em casa por sete dias (fermento é símbolo de pecado).
2 – S. Paulo disse que Cristo Jesus é o Cordeiro pascal (1 Cor 5:7) e S. João avistando a Jesus proclamou “eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). A páscoa representava a morte de Jesus e a libertação do Seu povo do cativeiro. Na festa pascal hodierna, diferentemente dos israelitas o povo comemora a ressurreição de Jesus, presenteando com coelhos e ovos de chocolate.
3 – Enquanto a páscoa moderna é comemorada no primeiro domingo após a lua cheia pós 22 de março, a dos judeus era sempre no dia 14 do primeiro mês (Abib) do ano.
4 – A páscoa, hoje, é oriunda do ritual pagão a Easter (Ostara ou Ostera), a israelita provém do vocábulo Pessach que quer dizer passar por cima, saltar sobre, em inglês pass over. No dia 14 do primeiro mês do ano, as famílias israelitas deviam estar dentro de suas casas, tendo matado o cordeiro, deviam molhar um feixe de hissopo e passar nos umbrais da porta. Assim quando o anjo viesse matar os primogênitos egípcios, ao ver o sangue saltaria sobre essas casas (os egípcios, que nisto cressem e assim fizessem, também se livrariam pela fé da tragédia).
5- A festa à Easter é celebrada com coelhos e ovos, mas a bíblica comendo carne assada do Cordeiro, sem quebrar ossos, com pão sem fermento e com ervas amargas. O comer a carne e o pão significa alimentar-se das virtudes de Cristo Jesus (mansidão, humildade, amor, bondade, gentileza…). Jesus disse que Ele era o pão que desceu do céu, e quem come esse Pão e bebe do Seu sangue tem a vida eterna (porque age com qualidades de caráter semelhantes as dEle. (João 6:50-55). Não quebrar os ossos era uma referência ao fato de que não quebraram as pernas de Jesus como aos ladrões – Ele morreu antes.
A festa da páscoa apontava para a vinda de Jesus, Seu sofrimento e morte a fim de resgatar da escravidão do pecado todos aqueles que nEle crerem. Como Jesus sofreu e morreu durante a semana da paixão os festejos pascais foram eliminados. Em comemoração a Sua morte e ressurreição Jesus instituiu a cerimônia da santa ceia (São João 13 e 1 Cor 11:23-29) e o batismo (Rom 6:3-7).
6 – É celebrada com coelhos e ovos, mas a bíblica comendo carne assada do Cordeiro, sem quebrar ossos, com pão sem fermento e com ervas amargas. O comer a carne e o pão significa alimentar-se das virtudes de Cristo Jesus (mansidão, humildade, amor, bondade, gentileza…). Jesus disse que Ele era o pão que desceu do céu, e quem come esse Pão e bebe do Seu sangue tem a vida eterna (porque age com qualidades de caráter semelhantes as dEle. (João 6:50-55). Não quebrar os ossos era uma referência ao fato de que não quebraram as pernas de Jesus como aos ladrões – Ele morreu antes.
A festa da páscoa apontava para a vinda de Jesus, Seu sofrimento e morte a fim de resgatar da escravidão do pecado todos aqueles que nEle crerem. Como Jesus sofreu e morreu durante a semana da paixão os festejos pascais foram eliminados. Em comemoração a Sua morte e ressurreição Jesus instituiu a cerimônia da santa ceia (São João 13 e 1 Cor 11:23-29) e o batismo (Rom 6:3-7).