Leondenis Vendramim

Feliz Ano Novo

Fizemos uma pausa na exposição dos nossos temas para escrevermos sobre os sentimentos humanos no final de ano e recomeço de nova caminhada, enquanto o nosso Senhor e Deus nos permita jornadear nesta terra, como se fosse nosso lar.

Um estranho lar! Este mundo está cheio de poluição, dor, tristeza e morte. Somos filhos de Deus, não pertencemos a esta terra. O Salmista declara que “somos peregrinos nesta Terra”. (Sal.119: 19) São Paulo fala:

“Assim, já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus.” Portanto, se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo. (2 Cor. 5:17) Aqui, está se referindo à pessoa, cujo caráter foi renovado com o auxílio de Deus, agora, seu palavreado é sem torpeza, não se irrita facilmente, não anda com malfeitores, é sóbrio, gentil com os familiares e demais semelhantes, é honesto, prestativo, tratável, mesmo com os animais.

No século 2 a.C. Jano ou Janus era muito reverenciado e importante deus da guerra, das dualidades, descendente de Remo e Rômulo. Tinha duas caras, da juventude e da fase adulta; governava o passado e o futuro.

Vários templos e portais foram edificados em sua homenagem, sendo o principal o Portal Forum Romanum, por onde passavam os guerreiros.

O nome do primeiro mês do ano, janeiro, é uma homenagem a esse deus, cuidador do início e final da colheita. Jano portava uma chave com a qual fechava o ano velho e abria o novo. O catolicismo incorporou esse deus ao cristianismo, representante de Pedro, por interpretarem, ter ele, “as chaves do reino dos céus.” (Mat. 16: 13-19)

O ano novo é como se fosse um livro com 365 páginas em branco, que cada um recebe de Deus, nas quais são escritos, fielmente, pelos anjos, as suas atitudes.

Cada página é uma nova oportunidade para mudança de hábitos a serem grafados. Esses livros serão abertos e lidos no dia do juízo, como testemunhos, do comportamento do ser humano. Nessas páginas estará a transcrição cotidiana de nosso caráter. O que falamos, com qual modo, tom, gestos, o que comemos, bebemos, pensamos.

Afinal, são os pensamentos, ações e intenções que expressam o caráter. “assim como na água o rosto corresponde ao rosto, o coração do homem corresponde ao homem.” (Prov. 27:19) Jesus advertiu: “A boca fala do que o coração está cheio.” (Luc. 6:45) O termo coração era usado como caráter, como o “eu”. Hoje, é uso comum: “eu amo de coração”.

O caráter revela personalidade do seu portador, em todas as suas capacidades: moral, física, intelectual, social, emocional. Se os hábitos formam a personalidade, há-se de mudar os maus hábitos.

Experimente substituir o costume de assistir à TV por ler um bom livro, ou, dormir às 10 horas e não mais à uma da madruga. Como é difícil alterar um só traço mau pelo bom, imaginem mudar o caráter! Por natureza, o humano é pecador, por si mesmo não consegue ser bom.

Assim como o etíope não consegue mudar sua pele, nem o leopardo as suas manchas, “Tão pouco podeis vós fazer o bem, acostumados que estais a fazer o mal.”

(Jer. 13:23) Podem contar com a ajuda divina para, enfim, transformar suas atitudes.

É habitual ouvir: “No meu aniversário eu começo a dieta para emagrecer.” “No final do carnaval eu paro de beber”. “Quando me engravidar, paro de fumar.” São promessas que eu ouvi de amigos e parentes, e que nunca se cumpriram.

A data mais comum para esses compromissos, é sem dúvida, 1° dia do ano. São também os mais desobedecidos. Há boa notícia para os que creem: Jesus ama o pecador e “suas misericórdias não têm fim, elas se renovam cada manhã.” (Lam. 3:22-23)

O sábio Salomão advertiu: “Alegra-te, jovem, nos dias da tua juventude, e recrei-se o teu coração nos dias da tua mocidade. Anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos, mas sabe que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” (Ecl. 11: 9)

Há um ditado, de origem desconhecida, usado por John Wesley e Ellen White e outros: “As ruas do inferno estão pavimentadas de boas intenções”.

Ao silenciar o pipocar dos rojões, ao apagar das luzes e ao findar os risos da alegria entre familiares, voltam as inebriantes bebidas, e em más companhias, extrapolam-se os sentidos sensuais, então o remorso.

Alegre-se no Natal, presenteie, participe da festa, mas não se esqueça do dono da festa! Boas festas, tenha uma passagem de ano muito feliz e saudável, lembre-se, contudo, Jesus está vindo para o ajuste de contas, e dar a recompensa “a cada um segundo as suas obras.” (Sal. 62:12)

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