Do Fundo do Baú Raffard
Foto da Família Pellegrini, onde podemos ver sentados Seraphin Pellegrini, brasileiro, filho do imigrante italiano Antonio Pellegrin, que por sua vez era filho de Carlo Pellegrin (grafia original no país italiano).
Segundo informações de Arnaldo Forti, pesquisador das genealogias dos imigrantes que aportaram no Brasil, Antonio Pellegrin chegou ao Brasil em 1888 e se radicou primeiramente em Rio Claro, enquanto outro filho de Carlo foi Luciano Pellegrin, avô do conhecido Lucianinho.
Ao pedir que Mary Odete Pellegrini Jacovelli, fizesse uma descrição da foto, ela assim se manifestou:
“- Minha querida família, meus avós Serafim e Brasília. Seus filhos Sílvio, Rino, Ondina, Odete, Joani e Zuza, com suas esposas e esposos.
Essa foto me emociona pois foi tirada no dia do batizado de meu filho Silvio, ideia de meu pai, na casa dele, era primeiro neto do meu pai, e primeiro bisneto do meu avô Serafim.
O batismo foi na igreja Nossa Senhora de Lourdes, feito pelo padre Renato Luchi, quando as famílias se reuniam mais, o tempo para nós parecia ser mais longo. Saudades.”
É dia de jogos no RCA
É dia de jogos na quadra do Rafard Clube Atlético e os moradores prestigiam o evento comparecendo em grande número para torcer para seu time.
Os pais aproveitam para levar seus filhos a um passeio e ainda incentivá-los a prática de esportes e para a festa ficar completa, sempre existe os vendedores de guloseimas para alegrar ainda mais as crianças.
Tinha o Cardoso de Capivari que vinha vender “algodão doce” – o Zé Mineiro que morava no Padovani, com seu tambor de “bijú” que tinha em cima uma roleta para a criançada girar e tentar a sorte para ganhar mais um…e o Pinguim com sua cesta de amendoins e paçoquinha.
Os jovens aproveitavam para “fazer a corte” àquela que povoava seus sonhos, num breve descuido dos pais, que se entretinham com os lances dos jogos.
Eram tempos de mútuo respeito e pessoas respeitáveis, que mesmo as investidas dos jovens daquele tempo, não tinha outro propósito, senão o de compromisso sério, depois chegar “na barba” do velho – expressão comum da época e depois do “namoro em casa”, o casamento.
Essas fases do relacionamento, dava a oportunidade a ambos de se conhecerem melhor e conhecer também as famílias, que tinham todo o cuidado de saber da índole de cada um deles e depois da aprovação dos pais, é que o namoro em casa se consolidava ou não…
Os relacionamentos eram mais duradouros, pois havia o comprometimento do casal de namorados em não decepcionar um ao outro, nem tampouco os pais de ambos, que quase sempre se conheciam entre si e as vezes até mesmo trabalhavam na mesma empresa e frequentavam os mesmos lugares, quando não eram até mesmo parentes entre si.
Tempo bom, que nos deixou grandes lições de vida e ricas lembranças de um tempo sem igual, e que jamais retornará!
COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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