Leondenis Vendramim

Exerça amor no lar

Li um fato relatado do escritor Dr. Robert H. Pierson que passo a partilhar:

Em janeiro de 1959, Zichen Zussem Bolder, pequena vila belga na fronteira com a Holanda, experimentou um trágico acontecimento.

Durante séculos, o fundamento das casas vinha sendo comprometido pelos próprios habitantes ao retirarem material arenoso para a construção de suas casas. Esse processo teve início no tempo dos romanos.

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Assim, as cavernas agora se estendem por 40 quilômetros, minando os fundamentos das residências.

Quando a catástrofe ocorreu, casas, igrejas, pessoas, tudo desapareceu, ao romper a pequena crosta.

Algumas pessoas foram mortas, outras ficaram feridas. Muitas desapareceram. A tragédia deixou os habitantes assombrados e arruinou a vida das famílias da cidade. (Ver Meditação Matinal, 2021 p. 256).

Semelhantemente, há algumas coisas minando os alicerces de nossas famílias. Vivemos num tempo em que Deus é repudiado, a Bíblia é ridicularizada, a divindade de Cristo é negada, a história da criação é escarnecida até por alguns conceituados líderes eclesiásticos.

Não é de admirar que as pessoas abandonem a Deus, percam o amor ao próximo, o temor do mal, e regra geral, tornem-se insensíveis e violentas dentro de casa.

A infidelidade é outro túnel sob os fundamentos da família, pois quebra a corrente da confiabilidade e do amor que cimenta seus membros e dificilmente encontra um adesivo capaz de vedar as brechas.

O diabo é o inimigo da mais alta patente na luta contra a família, lutará para não deixar pedra sobre pedra na construção de seu lar, suscitará dúvidas, introduzirá dados irreais, fará com que o certo pareça errado e vice-versa, mediante argumentos plausíveis. Não permitam que ele abale as estruturas desse edifício tão maravilhoso!.

Alguns frequentadores de igreja são como móvel bem envernizado, mas carcomido pelos cupins, pois professam e aparentam religiosidade, mas em casa são ásperos com a esposa e com os filhos.

Jesus os chama “sepulcros caiados, belos por fora, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundície”.

Escrevi, tempo passado, que o amor é como a planta: desenvolve, floresce, frutifica, ou morre. O lar não é construído de alvenaria ou qualquer outro material, mas de amor e o melhor Construtor, ainda é Jesus Cristo.

Ele coloca o amor no coração dos homens, cabe a eles desenvolvê-lo ou matá-lo. No altar, diante de Deus e de testemunhas, juraram amor, fidelidade, proteção até à morte. Agora, enriquecidos pelos filhos, mercê de Deus, é hora de cumprir tais votos. Mas como fortalecer esse amor?

Serão ambos felizes se procurarem agradar um ao outro. Deus fez a mulher para ser uma com ele, uma companheira, para alegrá-lo, encorajá-lo, para torná-lo feliz. Ambos são um só corpo, unidos pelo amor, não para serviçal. Ambos devem se completar.

A Bíblia ensina que a esposa deve ser submissa ao marido, e este deve amá-la como Jesus amou a Igreja, se necessário, dar-lhe a vida por ela, afinal, ninguém se ira contra alguma parte do seu próprio corpo, nem a violenta (Ef. 5:22-31), antes a trata com brandura.

A nossa cultura forma o homem machista que sente dificuldade para dizer palavras gentis, muitos creem que diminuirá a sua autoridade, porém é isto que desenvolve o amor e a confiança no lar.

Quantas vezes Jesus expressou claramente Seu amor por nós? Diz a escritora Ellen G. White em seu livro O Lar Adventista, que o amor não subsiste sem se expressar, o amor precisa ser declarado por palavras, por atos de bondade e gentileza.

Se o marido é grosseiro, rude, arrebatado, egoísta, ríspido e opressor, não diga jamais que o marido é o cabeça da esposa, e que ela deve em tudo ser-lhe sujeita… ele… não é o marido no verdadeiro significado do termo” (Idem, 117). O casal deve estudar à luz do Calvário o significado do amor recíproco e para com os filhos.

Não deve o marido extorquir à mulher sua individualidade, sua personalidade e forçar-lhe a consciência, ela é propriedade de Deus a quem deve total submissão.

Sejam, marido e esposa, bondosos, corteses, amáveis pacientes para com os erros do cônjuge “assim como o Senhor perdoou, perdoai vós” (Col. 3:13), dialogando sempre procurando o bem comum do lar.

Devem evitar ser inflexíveis em opiniões divergentes, e jamais usar palavras inoportunas ou ásperas, nem proferir impropriedades com respeito relação matrimonial.

Jesus é a Rocha, o Sustentáculo do amor entre os familiares. Não despreze a Rocha da salvação da sua família (Det 32:15). Que Deus bendiga a família dos leitores.

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