Em menos de uma semana, Rafard regista o segundo caso de suicídio do ano.
Na manhã desta terça-feira (29), por volta das 7h30, o ex-vereador Geraldo Capellari Junior, de 61 anos, foi encontrado por familiares, enforcado em sua residência (rua Abolição, Centro).
Segundo informações, ele morava sozinho e fazia uso de medicamentos controlados para tratamento de depressão.
Um vizinho que guardava o veículo na garagem da residência relatou a reportagem que avistou pela fresta do portão, uma corda. “Como o portão estava fechado e ele apresentava algumas atitudes diferentes nos últimos dias, avisei a família para virem até o local”, contou. Ao entrar na residência, um dos familiares encontrou Geraldinho enforcado. A Guarda Civil Municipal informou que a corda estava amarrada num caibro, no rancho que ficava no fundo da residência. De acordo com a GCM, havia uma escada ao lado e o ex-vereador estava com os pés no chão e joelhos dobrados, provavelmente pela corda ter cedido.
O local foi preservado pela GCM e Polícia Militar de Rafard, que proibiram a entrada de pessoas até a chegada da Polícia Técnica de Piracicaba, que realizou a perícia por volta das 9h45. Segundo Fernando Henrique Novaes, comandante da GCM Rafard, a perícia identificou que o suposto suicídio deve ter ocorrido nesta manhã.
De acordo com o proprietário de uma oficina vizinha, na tarde de segunda-feira (28), Geraldinho apresentava atitudes estranhas, pediu uma corda e informações sobre como dar nós, o que foi negado pelo mesmo.
Segundo informações, a família não pretende realizar velório e o corpo deverá ser levado diretamente ao Cemitério Municipal de “São Judas Tadeu”.
Geraldo Capellari Junior, mais conhecido como Geraldinho, nasceu em Rafard, em 12 de março de 1951, era solteiro e formado em Direito.
Coligado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) atuou na política por 18 anos. Como vereador, legislou em cinco mandatos na Câmara Municipal de Rafard. Participou da 6ª (1989/1992) até a 10ª Legislatura (2005/2008). Foi presidente nos anos de 1993/1994 e 2003/2004.
Em 2007, teve sua legislatura interrompida por uma denúncia e foi cassado com mais três vereadores, ficando inelegível por 8 anos. Era conhecido no meio político por sua postura séria e debates quentes durante as sessões de Câmara.