Leondenis Vendramim

Ética no Trabalho 5

26/05/2017

Ética no Trabalho 5

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

ARTIGO | Já sabemos que Ética é uma ciência preocupada com o comportamento humano, visando o bem, o bom, o saudável. Quando aplicada ao trabalho utiliza-se das melhores ferramentas para o bem estar de todos: empresários, funcionários, consumidores, fornecedores, situação dos circunvizinhos e do meio ambiente. Especificamente a empatia no trabalho é o lubrificante indispensável, eficaz para que as engrenagens trabalhem minimizando os desgastes e maximizando a lucratividade e satisfação dos que com ela se relacionam direta ou indiretamente. A empatia no trabalho é um conjunto de habilidades interpessoais além do conhecimento especializado que proporciona aos profissionais uma avaliação extraordinária. Uma empresa empática se preocupa com os sentimentos dos seus partícipes. Conta o PhD Daniel Goleman que a GE teve de fechar uma fábrica e simultaneamente, uma outra também teve de encerrar suas atividades. A GE avisou seus trabalhadores dois anos antes, fez intenso esforço para que eles encontrassem outro emprego. A segunda empresa só avisou uma semana antes do fato e não lhes deu assistência. Um ano depois os desempregados (93%) da GE elogiaram-na pela ajuda em arrumar novo trabalho, enquanto apenas 3% dos desempregados da outra companhia diziam ter sido bom trabalhar para ela. O bom nome da empresa é de mais valia do que se imagina, é um fator de enriquecimento do capital intelectual da empresa. O aumento da credibilidade da GE deu-se devido à empatia dos seus administradores.

Um gerente ou diretor departamental nunca é chefe, é líder. O chefe manda, não se preocupa com os comandados, nem com as circunstâncias, visa o resultado, não o custo. O líder orienta, propõe e debate um alvo, estimula, reconhece os pontos fortes e o desenvolvimento das pessoas, comenta e identifica as necessidades dos liderados, desafia e estimula as aptidões, desperta a criatividade. Um conceituado executivo disse: “Sou simpático com aqueles que apenas espero que façam o seu trabalho, mas eu realmente aperto os talentosos para que se superem”. Esse tipo de gerente de desempenho passa 5% do seu tempo criticando e 95% estimulando e desafiando. É empático e compreensivo com seus empregados. Shirley DeLibero, tida como insuperável líder de pessoal disse: “Emprego muito do meu tempo elogiando as pessoas. Mando mensagens pessoais aos funcionários… que tenham executado bom trabalho. Mas… os faço saber quando fazem uma bobagem. É um desserviço… deixar de avaliar honestamente o seu desempenho. É preciso… que saibam em que precisam melhorar.” Trabalho Com a Inteligência Emocional, p. 163.

Se o funcionário está com o filho doente, não produz o normal e pode sofrer acidente devido à preocupação. O executivo de uma grande companhia de aviação, percebendo seu funcionário com problema, dispensou-o do trabalho daquele dia para que cuidasse de seu filho. À tarde telefonou para saber como estava o enfermo. Nos dias seguintes o operário desempenhou suas funções tão satisfeito, que recuperou o tempo perdido, e o executivo ganhou um funcionário mais comprometido.

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O gerente empático não critica seus subordinados em público, mas promove clima amistoso, cuida dos relacionamentos, cerca-se dos mais competentes com os quais troca informações e cooperação. A empresa progressista cuida do relacionamento pessoal porque é a alavanca que move para o êxito. A Intel, bem conhecida, é um exemplo. Preocupada com a criação e produção tecnológica no menor tempo estava descuidando do relacionamento interpessoal, chamou um consultor para modificar o ambiente de trabalho que estava ficando cada vez mais hostil. O consultor viu a necessidade de mais cooperação e colaboração. Disse ele: “Os grupos que não compartilham esse vínculo emocional têm maior possibilidade de ficar paralisados e perder sua funcionalidade…” Idem, p. 229.

Na história empresarial o cristianismo é a empresa com maior incremento em três anos porque Cristo, o Mestre da empatia, soube como ninguém tornar Seus discípulos, líderes da empatia – o Seu mandamento é “Amai-vos uns aos outros” (1 João 3:23).

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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