Editorial

Esperança

16/03/2018

Esperança

EDITORIAL | Mais um ciclo se completa para a renovação de novos sonhos e à espera de novas conquistas. Na quarta-feira, 21 de março, Rafard comemora 53 anos de emancipação político-administrativa, uma história que pode ser contada de diversas maneiras, por dezenas de pessoas e de formas diferentes. Porém, todas levam ao mesmo princípio, a liberdade de caminhar com os próprios pés.

Júlio Henrique Raffard fundou o Engenho Central de São João de Capivari e o povoado que ficou primeiramente conhecido por Villa Henrique Raffard. Depois Villa Raffard e, anos mais tarde, elevada à categoria de Distrito, que pertencia a Capivari.

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A cidade que leva o coração até no apelido, teve sua colonização marcada por imigrantes, na sua maioria italianos. Júlio Henrique Raffard movimentou a cidadezinha com a indústria açucareira e com a produção de álcool.

A partir de 1875 foram chegando os primeiros italianos aos sítios e fazendas da região. Esses mesmos imigrantes viram a Villa Henrique Raffard se transformar em Villa Raffard e depois, tornar-se Raffard.

Nos tempos de outrora, a riqueza de suas edificações, árvores, espaços públicos e privados eram admirados pela população, que num ato de bravura histórica, se contrapôs à maioria e em sua defesa lançou nos opositores o merecido resíduo que culminaria com sua emancipação, em 21 de março de 1965.

A história de Rafard não muda e é celebrada em algumas memórias, um deleite para poucos privilegiados, mas um orgulho que não se sabe por que, não foi amplamente compartilhado entre seus filhos. Hoje, infelizmente, a bela história dá lugar ao sonho de recuperação e preservação de seu patrimônio, que nasce na Itapeva, onde aportaram Bandeirantes que construíram a capelinha, indo a São Bernardo da “Caipirinha”, famosa por suas criações que alcançaram o mundo a partir da Semana de Arte Moderna de 1922.

De forma poética, nossos sonhos se lançam na realidade de agora, procurando na defesa do progresso, que não encontramos aqui, a beleza que um dia encantou os imigrantes e impulsionou o povo na luta pelos seus direitos políticos.

O cenário de Rafard de Júlio Henrique, do Padre Manoel Simões de Lima, de Genaro Vigorito e de todos os que conquistaram essa nossa linda terra e que por ela lutaram na emancipação, já não é mais o mesmo, tão belo. Mas a cada um de nós cabe o amor e o respeito pela terra que faz brotar o alimento e o combustível, parte do futuro.

A cada um de nós cabe também a vontade e o impulso suficientes para trabalhar politicamente para este município se desenvolver a ponto de termos uma Rafard tão próspera como a de outrora, quando os nosso poetas a chamaram de “terra querida, de nossas vidas, de encantos mil”.

A homenagem que o jornal O Semanário faz pelos 53 anos de emancipação político-administrativa de Rafard, vai dos parabéns por uma história tão linda e grandiosa, passando pela coragem que tiveram nossos desbravadores, figuras de destaque no cenário regional, nacional e até mundial, como Tarsila do Amaral, e finda na esperança de que as próximas gerações possam ver uma cidade, ainda que pequena, acolhedora, desenvolvida, que tenha à frente, políticos e administradores inteligentes, humanos, competentes e corajosos para propor o desenvolvimento tão almejado.

Por isso, parabéns nossa amada Rafard!

Estendemos também os votos de profícuo progresso à querida Mombuca, que com sua bela história, também comemora a mesma idade, neste 21 de março.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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