Por Heitor Turolla*
Lendo em nosso Semanário as opiniões do Editorial, a qual se refere ao mau cheiro ou fedor na Avenida Pio XII e a questão sobre o problema habitacional em Rafard, destaco a inteligência e coragem em dissertar sobre o assunto.
A Av. Pio XII é um problema dos capivarianos. Precisamos confiar nas autoridades, prefeito, câmara, entidades e até sociedade. Não só os capivarianos sentem esse odor, todos que por ali trafegam têm que tapar o nariz, dizer algumas coisas em pensamento e tocar o barco.
Sobre o problema habitacional em Rafard, no qual narram claramente que nossos irmãos estão vivendo amontoados, esperamos por um novo Moisés, para resolver essa triste calamidade. Conheço muito bem esse problema e triste realidade. Visitei três casas em que moravam quatro famílias em cada, vinte e duas casas onde moravam três, sem dizer da imensidão de casas ondem residem duas famílias.
Não se assustem, faz exatamente 27 anos, quase três décadas que Rafard está à espera de um milagre, que eu ainda acredito não ser impossível. A última etapa habitacional em Rafard foi construída em 1987, pela administração 1983/1988, em que foram feitas centenas de unidades e que através de decreto foi batizada com o nome de Cidade Alta.
Na época, a repercussão foi tão grande em nosso País, que o governador do Rio de Janeiro mandou para Rafard uma equipe de engenheiros para ver como é que se faziam tantas casas em um pequeno município, e ele como governador encontrava dificuldades e até aquela data nada tinha realizado. (Jornal da Cidade – 03 de dezembro de 1988).
Em Recife, a repercussão foi ainda maior, mas é uma longa história…
As coisas mudaram e vejam a matéria que o jornal “Correio Popular” de Campinas publicou no dia 21 de março de 2010: “A cidade que anda para trás”. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovou que cada ano que passa, vai caindo a população, e que moradores antigos nem ligam com a debandada, um fenômeno, porém, só está acontecendo em nossa cidade há mais de duas décadas.
O que nos resta agora é confiar em nossas autoridades, pensar, arregaçar as mangas, trabalhar nesse caminho, pois ainda temos tempo suficiente. E esperar que essa triste situação habitacional, seja resolvida até esse final de mandato, se não totalmente, uma boa parte.
Um forte e respeitoso abraço à corajosa e inteligente equipe do jornal O Semanário e a todos os rafardenses que ainda cofiam num futuro próspero, querendo ver nossa cidade sair desse marasmo. Sigam firme!
*Heitor Turolla é historiador e ex-prefeito de Rafard.