Brasil

Escritor Rubem Fonseca morre aos 94 anos, de infarto

Foto: Reprodução internet

Ele estava em seu apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro

O escritor Rubem Fonseca, de 94 anos, morreu na última quarta-feira (15), no Rio de Janeiro. Ele sofreu um infarto no fim da manhã, em seu apartamento, no bairro do Leblon. Chegou a ser levado para o Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio, onde os médicos tentaram reanimá-lo, sem sucesso.

Em nota, a unidade hospitalar confirmou o falecimento de um dos maiores destaques da literatura brasileira:

“O Hospital Samaritano de Botafogo informa que o Sr. Rubem Fonseca faleceu na tarde desta quarta-feira em decorrência de uma parada cardíaca. A instituição se solidariza com os familiares e amigos do escritor”, indicou a nota.

Formação e trajetória

Filho de portugueses, o contista, romancista, ensaísta e roteirista brasileiro Rubem Fonseca, que faria 95 anos no dia 11 de maio, nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Chegou a trabalhar na polícia do Rio de Janeiro e foi exonerado em 1958, quando passou a se dedicar à literatura. A estreia foi com o livro de contos Os Prisioneiros, em 1963. Na sequência a cada dois anos vieram A Coleira do Cão e Lúcia McCartner.

Uma das obras de maior destaque do escritor, o livro de contos Feliz Ano Novo, lançado em 1975, foi recolhido pela censura no ano seguinte e a liberação só ocorreu em 1989, após uma batalha judicial sob a acusação de que a publicação era contrária à moral e aos bons costumes.

Essa não foi a única vez que precisou enfrentar a censura. O seu conto O Cobrador, vencedor do Prêmio Status de Literatura Brasileira 1978 também foi proibido.

Na literatura de Fonseca, tem lugar especial o romance Agosto, de 1990, que trata das tramas políticas que culminaram com o suicídio do presidente Getulio Vargas.

Autor com estilo direto retratou entre outros assuntos a violência urbana.

Ainda não há informação sobre o velório, que por causa das restrições do isolamento social teve ser em cerimônia reservada da família.

Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?