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Erguida bandeira dos autistas em Rafard

A Associação Unidos pelo Autismo, com sede em Rafard, é resultante do Movimento Unidos pelo Autismo. Esse movimento é encabeçado por pais de autistas e autistas de Rafard e Capivari, após uma longa experiência em busca de tratamento que resulte em melhores condições de vida para as famílias.

Segundo Adriana Guimarães, presidente da associação, o trabalho da entidade também abrange os municípios de Mombuca, Rio das Pedras e Elias Fausto.

“Hoje, essa região possui mais de 300 pessoas autistas”, revela Adriana.

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Ela conta que a iniciativa do movimento foi da enfermeira Myrta Baggio Toni Secches, e da estudante de Educação Física, Karen Moraes Nascimento. Ambas com um olhar acolhedor para quem cuida das pessoas com deficiência.
“O convencimento veio através da fala do neurocirurgião, Dr. Antônio Cesar do Amaral Secches. Com 40 anos de experiência, também em neurologia clínica infantil e adulta, ele nos afirmou que a ação médica fica limitada sem a intervenção multidisciplinar, imprescindível para o desenvolvimento de nossos filhos e que o resultado com as intervenções multidisciplinar definidas pela ABA, que vinha acompanhando em alguns de seus pacientes, era muito efetivo ao ponto de poder ser inserido no mercado de trabalho”, explica a presidente da Associação Unidos pelo Autismo.

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Diretoria da Associação Unidos pelo Autismo de Rafard (Foto: Jamil Camacho)

Adriana conta que o movimento decidiu que a diretoria seria formada por pais e autistas, pois a experiência mostrou que as necessidades e dificuldades sentidas pela família e pelo autista são, de fato, o que os torna mais capacitados para buscar o melhor atendimento.

Hoje, a associação é presidida por Adriana Guimarães, com apoio de sua vice, Marcia Lacerda Meira. A diretoria também conta com Luciana Graciani e Sidnei Orlando Pavioti no administrativo e financeiro. A direção de eventos está a cargo de Valéria Andrade e William Castelhano. Já a secretaria é de responsabilidade de Mônica Novais. Além desses, Ana Hessielbarth e Marineide Rodrigues também compõem a diretoria fiscal.

A associação conta com diversos colaboradores e apoiadores, que ajudam nessa nobre empreitada. Juntos, eles buscam atendimento especializado com base na ciência, que evidencia a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) como o tratamento mais eficiente.

Autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma alteração na condição de saúde do neurodesenvolvimento. Sua causa é majoritariamente genética e acomete 1 a cada 54 pessoas, segundo estudo feito nos EUA.

Estre as principais características dos autistas, está a dificuldade na comunicação social (interação social, comunicação verbal e não verbal) e comportamentos repetitivos e estereotipados.

Segundo um estudo traduzido e publicado este ano (2020) “Práticas Baseadas em Evidências para crianças, adolescentes e jovens adultos com autismo”, 28 tratamentos funcionam para o autismo: atividades físicas, musicoterapia, integração sensorial, terapia cognitiva comportamental (TCC) e os demais tratamentos estão dentro da ciência ABA.

“Por isso, ABA não é um método, uma técnica ou uma ferramenta e sim uma ciência, com um campo enorme de estudos, o qual permite que se conheça profundamente o comportamento humano, a ponto de mudá-lo para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, frisa Adriana Guimarães.

Ele reforça que é necessário, no entanto, que ela seja conhecida com profundidade para a criação de uma intervenção individualizada, talhada para cada um dos sujeitos que se servem dela.

“Mobilizar os conhecimentos de uma ciência para cada indivíduo é importantíssimo, mas isso também exige um enorme conhecimento na área da intervenção em si”, completa.

Apoio

A presidente da Associação Unidos pelo Autismo comemora que a bandeira foi levantada, mas sensibiliza que nessa causa nobre, é um dever de todos dar atenção que esse público merece, trazendo políticas públicas eficientes com o compromisso com a ciência.

“A intenção é a inclusão em todos os contextos da sociedade. Não somente ter um olhar clínico, mas um olhar no esporte, na cultura, no lazer, na educação”, cobra Adriana.

Ela explica que antes de ser um autista, essas pessoas são seres humanos com todas as vontades e sonhos, e devem ser respeitados e adaptados para sua realização.

Projeto

De acordo com a associação, o movimento busca dignidade equidade, empatia e respeito. Também busca empoderamento dos pais e responsáveis e um olhar para quem cuida.

“A Associação Unidos Pelo Autismo busca ser rede de apoio e cada um de vocês podem fazer parte desse movimento”, complementa Adriana Guimarães.

Conhecimento

A associação vai iniciar nas próximas semanas, rodas de conversas e lives nas redes sociais, com convidados muito importantes nessa luta do Autismo. Entre eles está o professor Dr. Lucelmo Lacerda, também Marisa Padilha, mãe do André (jovem que viveu por 13 anos acorrentado), da psicóloga Amanda Bueno, com BCBA (certificação internacional em Análise do Comportamento Aplicada) e muito mais.

As informações e datas desses encontros serão disponibilizadas na fanpage https://www.facebook.com/AssociacaoUnidosPeloAutismo. Os interessados em saber mais ou apoiar também pode fazer contato pelo telefone e WhatsApp (19) 98290-5070.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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