Poesias

Entropia

Sou um alquimista entrópico
do verbo amar
sou o néctar das flores desdenhosas
das guirlandas mágicas e vacilantes
à espera de visitas indesejadas
nos brilhos vagos, indecisos das estrelas cintilantes
sou o som dos sinos que se dobram em busca os infiéis
sou os brados que perscrutam as cavernas do tempo,
e eu desesperado: – cadê você? cadê você?
Na eternidade você me esquece, nunca aparece…
sou o relógio dos instantes inúteis e horas vazias
de um vácuo inerte que se expande no infinito
sou o caminho sem volta das noites fugidias…

O tempo, enigma da quarta dimensão
quem é dono do tempo? ele existe?
– se existe, não sei; sei apenas que de repente
hoje se tornou ontem e sempre ficam as marcas, as cicatrizes
e os enigmas de um pretérito indissolúvel.

Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial
Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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